Contos do Tio TATU Ep.14 - BIRUIA em Comida de Cachorro

BIRUIA em... : Comida de Cachorro

Após a Patroa ter pegado Biruia numa travessura, ela decidiu que o garoto teria mais uma tarefa na fazenda.

Biruia teria que alimentar os cachorros que ficavam no barracão do depósito do outro lado da fazenda.

Então, após o almoço dos patrões.

Biruia se dirigia ao Casarão e se encontrava com a cozinheira, Dona Leonilda, uma senhora portuguesa que de cara gostou do garoto.

Era ela quem preparava e separava o que ia ser dados para os cachorros.

Na verdade, aqueles cachorros não comiam restos de comida, e sim as sobras do almoço dos patrões, ou seja, comida de primeira e ainda quente.

Dona Leonilda enchia um caldeirão com as sobras do almoço, porém, separava por cima os melhores pedaços e dizia ao menino.

Biruia, aqui está o caldeirão, ó veja, por cima eu deixei os pedaços de coxas de galinha, você pode comer se quiser, afinal tem muita comida aqui, se não quiser de tudo aos cachorros.

Biruia adorava os Domingos e Feriados, que era quando a comida servida no almoço dos patrões eram as mais saborosas.

A cozinheira então fechava a tampa do caldeirão com um elástico, e embrulhava ainda em volta com um guardanapo e entregava ao Biruia.

Na maioria das vezes, Biruia aproveitava que ia levar a comida dos cachorros, e enchia a carroça com frutas para vender na estação.

Alguns dias, ele conduzia a charrete levando a Patroa à cidade para fazer compras ou outros compromissos, e aproveitava para alimentar os bichos rapidamente no trajeto.

Nos dia que Biruia não tinha outros afazeres, ao invés de usar a carroça, ele levava o caldeirão a pé mesmo.

Então seguia o caminho do Casarão para o Depósito, só que ele não ia pelo caminho das conduções, e sim, pelo seu próprio atalho.

Passando pelas cercas das diversas áreas da fazenda.

O pasto das vacas onde tinha aquele touro bravo.

Pulando pelas pedras do riozinho que passava pela fazenda.

E, um pouco antes de chegar ao depósito, ele se sentava a sombra de uma arvore próximo ao cruzamento de nível da linha férrea com a estrada.

Biruia então estendia o guardanapo no chão, abria o caldeirão, e como se estivesse em um piquenique, o garoto aproveitava para fazer uma boquinha.

Algumas vezes os cachorros não comiam quase nada além de ossos.

Enquanto comia, o garoto olhava os trens e os carros passando por ali.

Já com as tarefas cumpridas, Biruia aproveitava pra se divertir sempre que podia.

Nadava no rio...

Treinava suas acrobacias...

E jogava futebol com os amigos.

Ao final do dia, o garoto faz o caminho de volta a fazenda e deixa o caldeirão do lado de fora da porta da cozinha como de costume.

Então ia ler suas revistinhas e fazer suas palavras cruzadas que tanto gosta.