SERENA

Serena sai de cena acreditando que só dormindo sonharia. E lá se foi um dia. Mais um dia em que a abelha produziu mel, as formigas carregaram folhas, os pássaros contribuíram para a polinização. Mais um dia em que a natureza revela para o nosso olhar que transformação é sinônimo de vida. Serena tão nova e já cansada...Ela acha que sua vida é uma mesmice porque pensa que já viu de tudo. Serena não é preguiçosa, só precisa aprender a enxergar a vida, não ficar desatenta. Ser amigo da vida é olhar os desafios como uma oportunidade. Quem dorme põe sua alma em perigo, antecipa o eterno descanso para a hora errada. Vive uma vida como se fosse um zumbi, desorientado pelas ruas, sem saber o que fazer. Até a infelicidade decidir o fim da história: Um carro em alta velocidade acerta Serena em cheio. Ela nem viu o sinal vermelho tamanha era a cegueira. Antes de morrer não viu o som dos aplausos, mas o som da sirene da ambulância. Mas não chegou ao hospital. Saiu de cena. Definitivamente.

( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)

Poeta Alexsandre Soares
Enviado por Poeta Alexsandre Soares em 16/08/2022
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