Contos do Tio TATU Ep.06 - CORRUÍRA em O Caminhão

Ao cair da noite, após todos os exercícios de campo, os soldados desmontam o acampamento e se aprontam para retornar ao QUARTEL ARAPUCA.

Durante a marcha de volta, se dispuseram em duas linhas, uma a cada lado da estrada para não interromper o transito que ainda continuava.

Foi então que, um caminhão carregado de laranjas recém-colhidas da fazenda passa por eles, e alguns soldados do final da linha se aproveitaram da situação, sobem na carreta do caminhão e pegaram algumas laranjas.

O motorista percebeu, mas seguiu até a frente da linha da tropa, onde conta o acontecido ao Sargento.

Enquanto a tropa continuava a marchar, o Sargento ANDORINHA aguardava junto de seu jipe ao lado da estrada onde o caminhão havia parado, chegando os últimos homens da marcha o motorista aponta para um deles.

Os homens não tinham percebido que o caminhão estava parado e muito menos que o sargento estava esperando junto, e então, uma mão pega o ombro do Soldado CURRUIRA (que não tinha pego as frutas), que a principio ia dar um esporro pensando que era um dos companheiros de farda, más, ao se virar vê o seu comandante e fica surpreso por um instante e logo rapidamente faz posição de sentido!

- “Sim Senhor!”

O Sargento ordena que ele saia de forma e o siga, só então o soldado repara o caminhão de laranjas parado a beira da estrada e pensa que é pra ele entregar quais companheiros tinham se aproveitado da situação.

Chegando no caminhão o Sargento pergunta se o motorista o reconhece como sendo o autor de “delito”, e este faz sinal de positivo com a cabeça.

Andorinha ordena que Curruira vá a passo acelerado e se ponha a frente das duas linhas de marcha, e este assim o fez sem nem pestanejar.

O Soldado vai passando pela tropa acelerado conforme lhe foi ordenado e pensando: “como assim o motorista me identificou¿ eu nem tinha força pra subir no caminhão!”

Chegando ao Quartel, o sargento passa com seu jipe a frente de toda a tropa e faz o soldado subir na carreta do caminhão de apoio que levava os equipamentos dos exercícios e põem a tropa toda em forma disposta a traseira do caminhão.

De inicio o chefe da tropa elogia os exercícios feitos no alto do morro, a dedicação dos soldados, da honra que é fazer parte do Exército, mas que, o dia não foi só de vitórias, pois um soldado havia “maculado” a imagem da tropa ao “Roubar o caminhão”, e descarrega uma série de “Esporos” no soldado que houve tudo em posição de sentido sem retrucar, quando então o sargento pergunta:

- “Não tem nada a dizer¿”

Curruira então faz sinal com a cabeça que SIM, e Andorinha pede então que ele fale.

- “Sargento, estava tão escuro que não tem como o motorista saber quem foi que subiu no caminhão! E o senhor também não encontrou nenhuma fruta comigo não é mesmo¿”

O sargento então coça a cabeça e concorda que não tinha mesmo como o motorista identificar um homem entre vários soldados todos vestidos iguais e ainda mais a noite.

- “Então me diga, quem foi o soldado¿ E este vai receber a devida punição!”

Curruira não quer entregar seus amigos, afinal, não iria ser ele um dedo duro, e diz:

- “Como eu disse Sargento, estava muito escuro, eu não vi nada”.

- “OK Soldado, você até que tem razão! Mas eu dei minha palavra que amanha você iria na fazenda para ajudar a carregar o caminhão como forma de compensação, então você vai sim, pois a minha palavra é tudo”. E mais uma coisa, você deve honrar as forças armadas enquanto estiver por lá.”

E na manha seguinte o soldado se dirige até a fazenda para cumprir o que lhe foi ordenado.

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