E O PÃO QUE CAIU VENDE OU NÃO VENDE?
E O PÃO QUE CAIU VENDE OU NÃO VENDE?
“ O que um padeiro faz com o pão que caiu?”
Escrever mesmo que seja, sobre acontecimentos de pouca relevância, é uma forma de registrar a história e a cultura de um povo, no dia a dia de seu cotidiano cultural. É através destes registros que podemos conhecer os comportamentos, hábitos de higiene e costumes, de nossa gente, que aliás, estão sempre sendo corrigidos mudando para melhor, de acordo com a educação social em constante evolução.
Dia desses ao ler uma crônica de meu amigo, o escritor Jajá de Guaraciaba, relatando um fato acontecido com ele, em uma padaria. Recordei outro idêntico, acorrido comigo, no meu passado. Inspirado no seu excelente texto eu tomei a liberdade de escrevê-lo também.
La pelos idos anos setenta, sendo minha atividade principal na área rural, a sericicultura ou seja, a criação do bicho de seda. Cuja matéria prima produzida por esse belo milagre da natureza, era destinada a uma indústria na cidade de Patrocínio no triangulo mineiro. Região onde havia inúmeras carvoarias com uma grande produção de carvão vegetal. Atividade muito importante, e que me ajudou muito, proporcionando-me um preço bem razoável no transporte de minha produção de casulos, através dos carreteiros de carvão que transitavam vazios, em busca do ouro negro. Pela BR. bem próximo à indústria instalada em Patrocínio.
Numa certa manhã, antes do sol nascer, na rua Olegário Maciel, em Bom Despacho, preparávamos para mais uma viajem a Patrocínio, desta vez num caminhão de meu cunhado, que também transportava carvão. O motorista vendo um menino que passava com tabuleiro de biscoitos, o chamou pelo nome, pois já eram conhecidos e cliente do garoto, que tentava ajudar a mãe vendendo os produtos. Ao voltar em nossa direção o pobrezinho tropeçou metade dos biscoitos rolaram passeio afora.
Imagina caro leitor, a situação deste pobre menino, cuja a mãe viúva com mais e um bebê, seu irmãozinho para criar. Chorando ele ficou sem ação e clamando como faria para prestar contas na padaria.
Um vizinho que saia de sua garagem com destino a sua fazenda, solícito e muito brincalhão foi logo dizendo:
- que isso meu filho não chore, sabe o que você faz do biscoito que caiu?
--Não senhor, o que eu faço?
--Ah você vende pra quem não viu!
E tratou logo de juntar os biscoitos recolocou no tabuleiro do garoto, afirmado-, vai filho fazer seu trabalho, ninguém viu nem vai saber do que aconteceu, o chão ta limpo, ninguém sabre ninguém viu, segue o exemplo próprio padeiro, seu patrão, com o pão que a caiu, ele vende pra quem não viu! O que não mata engorda! E lá foi o menino enxugando seu pranto.
(Imagem do Gogloo)
E O PÃO QUE CAIU VENDE OU NÃO VENDE?
“ O que um padeiro faz com o pão que caiu?”
Escrever mesmo que seja, sobre acontecimentos de pouca relevância, é uma forma de registrar a história e a cultura de um povo, no dia a dia de seu cotidiano cultural. É através destes registros que podemos conhecer os comportamentos, hábitos de higiene e costumes, de nossa gente, que aliás, estão sempre sendo corrigidos mudando para melhor, de acordo com a educação social em constante evolução.
Dia desses ao ler uma crônica de meu amigo, o escritor Jajá de Guaraciaba, relatando um fato acontecido com ele, em uma padaria. Recordei outro idêntico, acorrido comigo, no meu passado. Inspirado no seu excelente texto eu tomei a liberdade de escrevê-lo também.
La pelos idos anos setenta, sendo minha atividade principal na área rural, a sericicultura ou seja, a criação do bicho de seda. Cuja matéria prima produzida por esse belo milagre da natureza, era destinada a uma indústria na cidade de Patrocínio no triangulo mineiro. Região onde havia inúmeras carvoarias com uma grande produção de carvão vegetal. Atividade muito importante, e que me ajudou muito, proporcionando-me um preço bem razoável no transporte de minha produção de casulos, através dos carreteiros de carvão que transitavam vazios, em busca do ouro negro. Pela BR. bem próximo à indústria instalada em Patrocínio.
Numa certa manhã, antes do sol nascer, na rua Olegário Maciel, em Bom Despacho, preparávamos para mais uma viajem a Patrocínio, desta vez num caminhão de meu cunhado, que também transportava carvão. O motorista vendo um menino que passava com tabuleiro de biscoitos, o chamou pelo nome, pois já eram conhecidos e cliente do garoto, que tentava ajudar a mãe vendendo os produtos. Ao voltar em nossa direção o pobrezinho tropeçou metade dos biscoitos rolaram passeio afora.
Imagina caro leitor, a situação deste pobre menino, cuja a mãe viúva com mais e um bebê, seu irmãozinho para criar. Chorando ele ficou sem ação e clamando como faria para prestar contas na padaria.
Um vizinho que saia de sua garagem com destino a sua fazenda, solícito e muito brincalhão foi logo dizendo:
- que isso meu filho não chore, sabe o que você faz do biscoito que caiu?
--Não senhor, o que eu faço?
--Ah você vende pra quem não viu!
E tratou logo de juntar os biscoitos recolocou no tabuleiro do garoto, afirmado-, vai filho fazer seu trabalho, ninguém viu nem vai saber do que aconteceu, o chão ta limpo, ninguém sabre ninguém viu, segue o exemplo próprio padeiro, seu patrão, com o pão que a caiu, ele vende pra quem não viu! O que não mata engorda! E lá foi o menino enxugando seu pranto.
(Imagem do Gogloo)