AZAR DE CORNO

Vejam só como a vida as vezes é engraçada. Bem, não tenho tanta certeza se é a vida ou nossas atitudes que a torna engraçada, pelo menos para alguns, já que para outros, não é tão engraçada assim.

Essa história ou conto, é real, aconteceu com um amigo meu. Vamos aos fatos: Depois de tanto sofrer com as galinhagens dele, a esposa deste meu amigo, decidiu abandoná-lo, separar-se. Para ela, o indivíduo não tinha mais solução. O chamou para uma conversa e lhe comunicou de sua decisão. Ele então, ao ver a sinceridade nas palavras da esposa, entrou em desespero e implorou perdão, mas, ela irredutível, disse que estava decidida, não voltaria atrás.

No dia seguinte quando ela saiu para o trabalho, ele, em meio ao desespero ou simplesmente para impressioná-la, tomou uma pequena quantidade de veneno, sendo socorrido para o hospital quase morto. Quando ela foi informada do ocorrido, saiu desesperada para o hospital decidida a cuidar dele. Em sua mente, aquilo tinha sido um ato de amor e estava disposta a cuidar dele com todo esforço preciso até ele se recuperar.

Mas, como dizem por aí, que todo corno é azarado, o infeliz havia se esquecido de apagar do celular as mensagens da amante. Assim sendo, quando ela chegou ao hospital, foi informada que ele estava na UTI e a enfermeira sem ter nada a ver com o caso e de forma inocente e correta, lhe entregou o celular do infeliz e mais alguns pertences como a carteira e o relógio. Quando ela pegou o celular, sem querer querendo, notou que estava desbloqueado, sem senha de acesso, então, a curiosidade lhe atiçou e ela começou a verificar as mensagens do whatsapp. Foi a gota d’água, ficou horrorizada com tudo que viu. Voltou para casa e decidiu não apenas se separar, mas, também deixar o filho da mãe morrer ali, naquele hospital.

No entanto, como vaso ruim é difícil de quebrar, o infeliz sobreviveu. Porém, teve que se contentar com a separação e com o sócio dele, que se aproveitou da situação para conquistar a mulher, e, como forma de se vingar, ela aproveitou a oportunidade e casou-se com o sócio dele. Quanto azar não acha?

Josildo S Neves