O SONHO DE UM CORONEL MACHISTA 23º EPISÓDIO
Chico Bento retornou para Morrinho, assim que Nicó o viu chegando correu ao seu encontro indagando:
--Intão Chico Bento, o qui foi qui acunteceu voismicê só pode tê vortado do caminho num dá tempo de tê ido lá na Bocaina?
-- Nun fui memo não, sinhozinho, quando ieu passei na ponte do rio andei inté naquela incruziada da Cidade cum as fazendas de voismiceis adonde vira pra Bocaina topei Prudêncio ino pra cidade, intonse preguntei pra ele. Ele diz qui à princesa fia do coroné tá lá indesde sigunda fera.
--Ele diz se coroné falô do incontro que vamo tê, ieu e ela?
--óia sinhozinho Nicó isso ieu num ia preguntá nun sinhô. Vossa ricumendação era preu só indagá se Dusanjo tava prulá ne memo?
--Tá certo é isso memo mim discurpa Chico.
--Ma ele diz qui é bão sinhozinho tumá tento, i tê cuidado cum vosso pai, pru quê esse perrengue de vossas famia invem indesde de vosso bisavô e vosso pai vai querê qui voismicê passa isso pra vossos fios.
-- Ma ieu num vô levá isso pra frente mais é nunca Chico Bento, essa briga vai acabá, ieu nun vô cultivá esse ódio cheio de veneno, qui meu pai carrega pur tradição.
--É ma parece qui num é só ódio, essa tradição qui invem lá de trais da famia de voismiceis. Esse poder de vosso pai de mandá in tudo pressas redondeza é qui fais ele querê abarcá tudo qui é terra do Bão jardim e sintí qui tem poder inrriba de tudo qui é gente veno tudo dibaxo do seu pé.
--Ele só pensa in terra e mais terra, pois ele qui fica cas terra dele. Se fô priciso ieu vô trabaiá de agregado in quarqué fazenda pur esse sertão afora manssano cavalo e burro brabo tocano boiada nas istrada, pra quem quizé contratá meus sirviço, ma brigá pur riqueza? Vô nada!
--É ma voismicê já viu falá no coroné Tenório o home mais rico da serra do diamante? Pois é coroné Certorio vai pidí a mão da fia dele in casamento pra voismicê, tá quereno juntá as riqueza dos dois, casano o sinhozinho cua fia dele!
-- Adonde cocê tirô isso Chico Bento?
--Foi Terenço qui mim contô, agora adonde qui Terenço tirô isso ieu nun sei, ma imagino qui foi vosso pai qui falô pra Jurema a muié de Terenço os dois tão viveno num prusêio danado de grande, inquanto Terenço arranca erva vosso pai ta passiano, lá na casa dele. Dia desse ele mandô ieu levá uas rama de mandioca lá no sitio dele na bera do ribeirão. Diz qui foi jurema qui pidiu. Ieu tô achano qui ela gosta de mandioca tumém. Banana quais todo dia ele leva pru Terencio, ma ele pede pra coroné dexá lá no sitio pra ele.
-- Ocê tá sabeno de muita coisa Chico, ieu num sei se acridito nisso cumo pode sabê tanto?
--Ieu num disse qui Terencio mim contô ele mim conta tudo inté qui vosso pai passa o dia lá de prosa cá muié dele, ele acha qui é vantage diz qui coroné gosta pru dimais desdois. Pru mim ele fais vista grossa. Coroné Certorio vivi favureceno as coisa dele imagina forçô os coitado daqueze dono de sitio qui tinha terra nessas banda, pra tudo mundo vendê pra ele só ficô o de Terenço.
-Meu pai deve de tá ficano de miolo mole. Ieu nunca qui vô casá cuma noiva iscuiida pur ele, tá ele pensano qui ieu sô muié pra marcá cum quem ieu vô casá, ma isso num vai acuntecê é nunca.
--Óia sinhozinho se conceio fosse coisa boa, num se dava de graça, inda mais conceio dum pobre iscravo véi iguar ieu. Ma apruveita o entretimento de vosso pai lá pras banda do riberão bota a sela num animar e vai lá à Bocaina inhantes qui aparece ua noiva puraqui arranjada pur vosso pai. Pede a mão da fia do coroné Tiburcio in casamento, sinão Oto fais isso e sinhozinho fica mamano no dedo.
-- brigado Chico Bento. Fica ocê sabeno qui seu conceio tem valor sim, pra mim prosa sua vale mais qui de meu pai. Amanhã Chico ocê mais Bastião vai tumá conta dos trabaio no meu lugá, ieu vô pegá no seu conceio e vô La tê uha prosa cum coroné Tiburcio, mais a fia dele. Ma primero ieu vô tê de prová prus dois qui num sô cumo essa raça qui sairo todos de sangue ruim, e carregando o ódio dos Vilela no coração. Ieu vô percurá o caninho da harmunia e da paiz pra construí um intendimento. Num vai sê face ma ir, ieu vô lutá pra isso.
No dia seguinte quando a aurora sinalizou com sua cor de maçã a franja do infinito ao longo do horizonte; Nicó saltou da cama, correndo aqui e ali até o horário do almoço, deixou todos os trabalhos organizados e entregue aos dois escravos “Bastião e Chico Bento” os mais confiáveis.
Assim que seu pai dobrou a curva da estrada levando a rotineira refeição ao Terencio, ele montou seu alazão e gritou pelo nome a cuzinheira Inácia. A escrava chegou o rosto na janela da cozinha perguntando:
-- O qui sinhozinho Nicó ta percisano?
-- Tô ino lá na fazenda Bocaina quer qui levo recado de lembrança pra vossa irmã Inhá Chica?
-- Diga qui tô bem e cum muita sodade qui voismicê agora é qui tá dano as orde pur aqui e é o mió sinhô de iscravo do mundo, má qui quando coroné Certorio sabê desse seu abuso disobedeceno sua orde quem vai pagá o pato somo nois iscravos. Larga mão disso sinhozinho, sorta esse animar nun vá disafiá vosso pai, a coisa miorô pra nois num vai istragá tudo isso não.
-- Vô tê uha prosa cum coronè, e sabê se a fia dele que memo acabá quesse perrengue das duas famía Montenegro e Vilela, vai dependê dela pra nóis butá e um fim nisso.
-- Qui Deus te ouça, ma pru mim voismicê vai é arrumá mais lenha nessa fuguera qui num apaga nunca, intonse vai cum Deus e a vige mãe de jesuis qui te acumpanha.
--Seguindo na direção da fazenda Bocaina, esperançoso lá se foi o filho do coronel Certorio. Passava um pouco do meio dia quando Nicó esbarrou sua montaria No curral da fazenda. Apeou do seu alazão e gritou uma, duas, três vezes:
-- Oh de casa-, oh de casa-, oh de casa! Prudêncio abriu a portinhola de um estábulo muito bem construído, para a vaca mimosa, posicionando entre ela e o seu batente e respondeu;
--Vá se achegando seu moço!
--Boa tarde como é vossa graça?
--Boa tarde ieu sô Prudêncio vosso servo a suas ordes!
-- Ieu só o Nico fio de coroné Certorio!
-- Ma o qui tá acunteceno qui bão ô qui maus ventos trais o fio do coroné na casa do seu maió inimigo.
-- Ieu vim in paiz Prudêncio, quero tê uha prosa cum coroné Tiburcio mais cua fia dele, fais poco tempo qui ieu tive qui num ficô sabeno não? Fiquei de vortá intonse agora to aqui pra isso será quele mim recebe?
--Cum certeza coroné é home alinhado tem iducação pur dimais, ieu vô avisá ele, voismicê se aguarda!
Prudêncio dirigiu até a cozinha da casa grande aonde sempre teve livre acesso. Lá estava Dusanjo ajudando Inhá Chica e sua neta a mucama Maria Teresa atarefadas na fabricação de queijos. Assim que o viu Dusanjo indagou:
--E ai padrinho se veio nos ajudar, não se avexe bota logo a mão massa!
- Num ieu vô dexá pra mais tarde pra hora da merenda cumê queijo cum rapadura de barriga cheia fais mar!
- A é engraçadinho, só pensa em comer não é mesmo?
-- Ieu qué sabê de vosso pai adonde qui ele tá-, tem visita pra voismiceis dois divinha quem-, o fio coronè Certorio tai ai fora isperano pra sê ricibido!
-- Procurar meu pai na cozinha a esta hora, ele só vem aqui mo horário das refeições, se ele souber disso vai é te castigar.
--Inda mais vosso pai, é mais face galinha nascer dente qui ele castigá um iscravo!
-- Brincadeira padrinho, ele saiu junto com o Maneco foi reunir a boiada vendida para a charqueada do pavãozinho, mas não demora voltar faz tempo que saíram breve tá chegando. Mas receba esse aventureiro. Corajoso ele... Não acha? Vir até aqui deve ter um bom motivo!
--Ieu inté adivinho esse mutivo fia, Inhá Chica tumém sabe, voismicê, nun falô pra ela Chica?
--Então! Que madrinha que eu tenho me escondendo as coisas hem!
-- Né isso não fia acuntece qui isso é coisa séria é assunto de vossos pais não cabe ieu infiá a cuié de pau. Prudêncio fala o qui nun deve!
--É, mas agora o padrinho me deixou curiosa eu quero saber do que se trata, o senhor pode ir logo dizendo!
--Acuntece fia qui Nicó ta apaxonado pur voismicê, no Bão jardim tudo mundo sabe disso!
--Mas eu nunca falei com ele que paixão é essa se nem o conheço?
--Indesde o dia do acunticimento no circo do Cencem, voismicê virô a pessoa mais quirida da cidade.
-- Que isso gente eu uma simples camponesa, se isso que senhor está dizendo é verdade, essa pessoal precisa de tratamento médico, eu jamais me sentir superior a quem quer que seja. Mas vai lá padrinho receba o senhor Nicó e o hospeda até que meu pai volte do seu campeio.
Chico Bento retornou para Morrinho, assim que Nicó o viu chegando correu ao seu encontro indagando:
--Intão Chico Bento, o qui foi qui acunteceu voismicê só pode tê vortado do caminho num dá tempo de tê ido lá na Bocaina?
-- Nun fui memo não, sinhozinho, quando ieu passei na ponte do rio andei inté naquela incruziada da Cidade cum as fazendas de voismiceis adonde vira pra Bocaina topei Prudêncio ino pra cidade, intonse preguntei pra ele. Ele diz qui à princesa fia do coroné tá lá indesde sigunda fera.
--Ele diz se coroné falô do incontro que vamo tê, ieu e ela?
--óia sinhozinho Nicó isso ieu num ia preguntá nun sinhô. Vossa ricumendação era preu só indagá se Dusanjo tava prulá ne memo?
--Tá certo é isso memo mim discurpa Chico.
--Ma ele diz qui é bão sinhozinho tumá tento, i tê cuidado cum vosso pai, pru quê esse perrengue de vossas famia invem indesde de vosso bisavô e vosso pai vai querê qui voismicê passa isso pra vossos fios.
-- Ma ieu num vô levá isso pra frente mais é nunca Chico Bento, essa briga vai acabá, ieu nun vô cultivá esse ódio cheio de veneno, qui meu pai carrega pur tradição.
--É ma parece qui num é só ódio, essa tradição qui invem lá de trais da famia de voismiceis. Esse poder de vosso pai de mandá in tudo pressas redondeza é qui fais ele querê abarcá tudo qui é terra do Bão jardim e sintí qui tem poder inrriba de tudo qui é gente veno tudo dibaxo do seu pé.
--Ele só pensa in terra e mais terra, pois ele qui fica cas terra dele. Se fô priciso ieu vô trabaiá de agregado in quarqué fazenda pur esse sertão afora manssano cavalo e burro brabo tocano boiada nas istrada, pra quem quizé contratá meus sirviço, ma brigá pur riqueza? Vô nada!
--É ma voismicê já viu falá no coroné Tenório o home mais rico da serra do diamante? Pois é coroné Certorio vai pidí a mão da fia dele in casamento pra voismicê, tá quereno juntá as riqueza dos dois, casano o sinhozinho cua fia dele!
-- Adonde cocê tirô isso Chico Bento?
--Foi Terenço qui mim contô, agora adonde qui Terenço tirô isso ieu nun sei, ma imagino qui foi vosso pai qui falô pra Jurema a muié de Terenço os dois tão viveno num prusêio danado de grande, inquanto Terenço arranca erva vosso pai ta passiano, lá na casa dele. Dia desse ele mandô ieu levá uas rama de mandioca lá no sitio dele na bera do ribeirão. Diz qui foi jurema qui pidiu. Ieu tô achano qui ela gosta de mandioca tumém. Banana quais todo dia ele leva pru Terencio, ma ele pede pra coroné dexá lá no sitio pra ele.
-- Ocê tá sabeno de muita coisa Chico, ieu num sei se acridito nisso cumo pode sabê tanto?
--Ieu num disse qui Terencio mim contô ele mim conta tudo inté qui vosso pai passa o dia lá de prosa cá muié dele, ele acha qui é vantage diz qui coroné gosta pru dimais desdois. Pru mim ele fais vista grossa. Coroné Certorio vivi favureceno as coisa dele imagina forçô os coitado daqueze dono de sitio qui tinha terra nessas banda, pra tudo mundo vendê pra ele só ficô o de Terenço.
-Meu pai deve de tá ficano de miolo mole. Ieu nunca qui vô casá cuma noiva iscuiida pur ele, tá ele pensano qui ieu sô muié pra marcá cum quem ieu vô casá, ma isso num vai acuntecê é nunca.
--Óia sinhozinho se conceio fosse coisa boa, num se dava de graça, inda mais conceio dum pobre iscravo véi iguar ieu. Ma apruveita o entretimento de vosso pai lá pras banda do riberão bota a sela num animar e vai lá à Bocaina inhantes qui aparece ua noiva puraqui arranjada pur vosso pai. Pede a mão da fia do coroné Tiburcio in casamento, sinão Oto fais isso e sinhozinho fica mamano no dedo.
-- brigado Chico Bento. Fica ocê sabeno qui seu conceio tem valor sim, pra mim prosa sua vale mais qui de meu pai. Amanhã Chico ocê mais Bastião vai tumá conta dos trabaio no meu lugá, ieu vô pegá no seu conceio e vô La tê uha prosa cum coroné Tiburcio, mais a fia dele. Ma primero ieu vô tê de prová prus dois qui num sô cumo essa raça qui sairo todos de sangue ruim, e carregando o ódio dos Vilela no coração. Ieu vô percurá o caninho da harmunia e da paiz pra construí um intendimento. Num vai sê face ma ir, ieu vô lutá pra isso.
No dia seguinte quando a aurora sinalizou com sua cor de maçã a franja do infinito ao longo do horizonte; Nicó saltou da cama, correndo aqui e ali até o horário do almoço, deixou todos os trabalhos organizados e entregue aos dois escravos “Bastião e Chico Bento” os mais confiáveis.
Assim que seu pai dobrou a curva da estrada levando a rotineira refeição ao Terencio, ele montou seu alazão e gritou pelo nome a cuzinheira Inácia. A escrava chegou o rosto na janela da cozinha perguntando:
-- O qui sinhozinho Nicó ta percisano?
-- Tô ino lá na fazenda Bocaina quer qui levo recado de lembrança pra vossa irmã Inhá Chica?
-- Diga qui tô bem e cum muita sodade qui voismicê agora é qui tá dano as orde pur aqui e é o mió sinhô de iscravo do mundo, má qui quando coroné Certorio sabê desse seu abuso disobedeceno sua orde quem vai pagá o pato somo nois iscravos. Larga mão disso sinhozinho, sorta esse animar nun vá disafiá vosso pai, a coisa miorô pra nois num vai istragá tudo isso não.
-- Vô tê uha prosa cum coronè, e sabê se a fia dele que memo acabá quesse perrengue das duas famía Montenegro e Vilela, vai dependê dela pra nóis butá e um fim nisso.
-- Qui Deus te ouça, ma pru mim voismicê vai é arrumá mais lenha nessa fuguera qui num apaga nunca, intonse vai cum Deus e a vige mãe de jesuis qui te acumpanha.
--Seguindo na direção da fazenda Bocaina, esperançoso lá se foi o filho do coronel Certorio. Passava um pouco do meio dia quando Nicó esbarrou sua montaria No curral da fazenda. Apeou do seu alazão e gritou uma, duas, três vezes:
-- Oh de casa-, oh de casa-, oh de casa! Prudêncio abriu a portinhola de um estábulo muito bem construído, para a vaca mimosa, posicionando entre ela e o seu batente e respondeu;
--Vá se achegando seu moço!
--Boa tarde como é vossa graça?
--Boa tarde ieu sô Prudêncio vosso servo a suas ordes!
-- Ieu só o Nico fio de coroné Certorio!
-- Ma o qui tá acunteceno qui bão ô qui maus ventos trais o fio do coroné na casa do seu maió inimigo.
-- Ieu vim in paiz Prudêncio, quero tê uha prosa cum coroné Tiburcio mais cua fia dele, fais poco tempo qui ieu tive qui num ficô sabeno não? Fiquei de vortá intonse agora to aqui pra isso será quele mim recebe?
--Cum certeza coroné é home alinhado tem iducação pur dimais, ieu vô avisá ele, voismicê se aguarda!
Prudêncio dirigiu até a cozinha da casa grande aonde sempre teve livre acesso. Lá estava Dusanjo ajudando Inhá Chica e sua neta a mucama Maria Teresa atarefadas na fabricação de queijos. Assim que o viu Dusanjo indagou:
--E ai padrinho se veio nos ajudar, não se avexe bota logo a mão massa!
- Num ieu vô dexá pra mais tarde pra hora da merenda cumê queijo cum rapadura de barriga cheia fais mar!
- A é engraçadinho, só pensa em comer não é mesmo?
-- Ieu qué sabê de vosso pai adonde qui ele tá-, tem visita pra voismiceis dois divinha quem-, o fio coronè Certorio tai ai fora isperano pra sê ricibido!
-- Procurar meu pai na cozinha a esta hora, ele só vem aqui mo horário das refeições, se ele souber disso vai é te castigar.
--Inda mais vosso pai, é mais face galinha nascer dente qui ele castigá um iscravo!
-- Brincadeira padrinho, ele saiu junto com o Maneco foi reunir a boiada vendida para a charqueada do pavãozinho, mas não demora voltar faz tempo que saíram breve tá chegando. Mas receba esse aventureiro. Corajoso ele... Não acha? Vir até aqui deve ter um bom motivo!
--Ieu inté adivinho esse mutivo fia, Inhá Chica tumém sabe, voismicê, nun falô pra ela Chica?
--Então! Que madrinha que eu tenho me escondendo as coisas hem!
-- Né isso não fia acuntece qui isso é coisa séria é assunto de vossos pais não cabe ieu infiá a cuié de pau. Prudêncio fala o qui nun deve!
--É, mas agora o padrinho me deixou curiosa eu quero saber do que se trata, o senhor pode ir logo dizendo!
--Acuntece fia qui Nicó ta apaxonado pur voismicê, no Bão jardim tudo mundo sabe disso!
--Mas eu nunca falei com ele que paixão é essa se nem o conheço?
--Indesde o dia do acunticimento no circo do Cencem, voismicê virô a pessoa mais quirida da cidade.
-- Que isso gente eu uma simples camponesa, se isso que senhor está dizendo é verdade, essa pessoal precisa de tratamento médico, eu jamais me sentir superior a quem quer que seja. Mas vai lá padrinho receba o senhor Nicó e o hospeda até que meu pai volte do seu campeio.