A CIDADE FANTASMA !
A CIDADE FANTASMA
Por: JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA
Um grupo de viajantes, tendo ouvido falar de uma cidade cheia de tesouros, parte para enfrentar uma difícil jornada. Para chegar à cidade, teriam que percorrer uma estrada extremamente longa que atravessava desertos, florestas e terras perigosas. Nenhum trecho dessa estrada era seguro e os viajantes teriam de ter muita coragem e persistência para atingir sua meta.
Haviam completado mais da metade da jornada e acabado de sair de uma densa floresta, quando o guia que os conduzia, que conhecia bem o caminho, avisou que logo iriam se aventurar por um deserto.
O sol escaldante e as fortes tempestades de areia provaram ser demais para eles. Os viajantes estavam tão cansados que começaram a perder a coragem e a querer desistir dos tesouros em troca da segurança de seus lares que haviam deixado para trás. O guia, contudo, estava determinado a levar todos, não importando como. Ele usou, então, seus poderes místicos, fazendo surgir uma cidade monumental no meio do deserto.
Instantaneamente, os viajantes tiveram uma visão fantástica. Apareceu 'do nada' um lindo oásis repleto de árvores, por entre as quais viram uma cidade. Imediatamente, correram até lá com grande alegria. Todo o cansaço, todas as dores e todo o desânino desapareceram em um instante, para dar lugar ao otimismo, à alegria e à esperança. Eles se banharam, saborearam comidas deliciosas e dormiram tranqüilamente. Em suas conversas, nem cogitavam a idéia de desistir da jornada e de retornar aos seus lares.
Na manhã seguinte, logo que despertaram, ficaram estarrecidos ao ouvir o guia lhes dizer que tinham de deixar aquele lugar maravilhoso e seguir viagem.
— Mas, este é exatamente o paraíso que procurávamos por tanto tempo! — exclamou um deles.
Não. — respondeu o guia — Os senhores nem sequer alcançaram o primeiro terço da jornada. Este é somente um ponto de descanso, um lugar para se refrescarem. Acreditem! O destino final é muito mais belo do que esta cidade e não está tão longe. Agora que tivemos tempo para descansar e relaxar, teremos que continuar nossa peregrinação.
Dito isso, a cidade desapareceu na areia.
JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA
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