TIRANDO CARTA
O tempo passou e a idade foi chegando até quando, por volta dos 45 anos de idade, ele que nunca havia sequer sentado a frente de um volante de automóvel para dirigir, se viu obrigado, pelas circunstancias do serviço, a providenciar sua Carteira Nacional de Habilitação, popularmente conhecida por Carta de Motorista.
Fez tudo certinho como mandava o figurino, procurou uma auto escola, se inscreveu, fez o Curso de Direção Defensiva, fez as provas e foi aprovado, e so depois passou para as aulas de direção, por incrível q eu pareça o rapaz nunca havia dirigido em sua vida e para quem nunca havia dirigiu pela primeira vez até que o rapaz se saiu bem tanto é que a instrutora duvidou:
__ Não acredito que hoje foi a sua primeira vez!
Verdade é que com o numero mínimo de aulas, ele já foi para a prova pratica e no esperado dia, logo que saiu ao fazer a baliza, afogou o carro por três vezes, motivo pelo qual o delegado o reprovou, e sorrindo lhe deu um conselho contraditório:
__ Você ficou nervoso! Da próxima vez tome três doses de conhaque!
Inconformado com a decisão do Delegado, o rapaz passou a analisar a situação, também pudera, nunca imaginava que naquela pista havia um buraco, o que fez ele, com sua pouca experiência, afogar o veiculo por três vezes seguidas, as orientações que a instrutora havia lhe passado não envolvia buraco algum na pista, assim sendo, o negocio seria tampar aquele buraco na pista para a próxima prova.
Marcada a próxima prova pratica, saíram ele e mais um amigo que o levaria a prova, bem cedinho, chegaram lá no local ao raiar do dia e munidos com um balde cheio de pedrisco, tamparam o buraco e ele, como foi o primeiro a chegar, também foi o primeiro a fazer a prova e tudo correu bem, porem ao chegar no final da prova e estacionar o veiculo, o segundo a fazer a prova era uma mulher que havia derrubado a baliza, subido sobre a calçada e feito um verdadeira lambança na prova.
Ela já fora do carro chorava traumatizada com o ocorrido e o seu instrutor com a ponta dos pés tentava destapar o buraco que era referencia para Baliza de sua turma e ainda reclamava:
__ Quem será que foi o infeliz que tampou este buraco!
Pra encurtar o causo, uma vez aprovado o negocio foi agradecer o instrutor, o delegado e o fiscal e sair dali o mais rápido possível, pois a prova do crime ainda estava no carro do amigo: o balde com o resto de pedrisco