AS TRIPAS DO PORTO
AS TRIPAS DO PORTO
São admiráveis como os portugueses valorizam a história de seu povo, seus costumes e suas tradições culturais. Estes nossos irmãos lusitanos nunca desprezaram os pequenos detalhes que dão origem a historia de sua gente.
Talvez seja esse o motivo que levou Dom Pedro IV rei de Portugal, o nosso Dom Pedro I do Brasil, a se apaixonar pela cidade do Porto chegando ao extremo de doar o próprio coração a esta encantadora cidade lusa conhecida como a terra dos tripeiros.
A tripa é o prato principal da culinária portuária. Consumida em diversas receitas, se tornou referencia gastronômica e cultural da cidade do Porto. Vista como símbolo de fidelidade, ela apareceu socialmente pela primeira vez em reposta ao infante D.Henrique quando inesperadamente ele aparece no Porto para ver o andamento dos trabalhos Nos estaleiros da construção naval. No ano de 1415, construíam-se nas margens do Douro as naus e os barcos que haveriam de levar os portugueses, nesse ano, à conquista de Ceuta e, mais tarde, à epopéia dos Descobrimentos.
A razão deste empreendimento era secreta e nos estaleiros os boatos eram muitos e variados: uns diziam que as embarcações eram destinadas a transportar a Infanta D. Helena à Inglaterra, onde se casaria; outros diziam que era para levar El-Rei D. João I a Jerusalém para visitar o Santo Sepulcro. Mas havia ainda quem afirmasse a pés juntos que a armada se destinava a conduzir os Infantes D. Pedro e D. Henrique a Nápoles para ali se casarem…
Embora satisfeito com o esforço despendido, o infante D.Henrique achou que se poderia fazer ainda mais. Então confidenciou ao mestre Vaz, o fiel encarregado da construção, as verdadeiras e secretas razões que estavam na sua origem: a conquista de Ceuta. Pediu ao mestre e aos seus homens mais empenho e sacrifícios, ao que mestre Vaz lhe assegurou que fariam para o infante o mesmo que tinham feito cerca de trinta anos atrás a quando da guerra com Castela: dariam toda a carne da cidade e comeriam apenas as tripas. Este sacrifício tinha-lhes valido mesmo a alcunha de “tripeiros”. Comovido, o infante D. Henrique disse-lhe então que esse nome de “tripeiros” era uma verdadeira honra para o povo do Porto. A História de Portugal registrou mais este sacrifício invulgar dos heroicos “tripeiros” que contribuiu para que a grande frota do Infante D. Henrique, com sete galés e vinte naus, partisse a caminho da conquista de Ceuta.
Séculos mais tarde graças à honra e a fidelidade dos tripeiros para com a justiça na coroa portuguesa, D.Pedro I do Brasil derrotou o Exercito de seu irmão D. Miguel, que havia ocupado indevidamente o trono que lhe era direto. Quando então pode nosso imperador ser corado como o rei D.Pedro IV de Portugal.
São diversas as lendas contadas pelos escritores portugueses a respeito das tripas, mas todas elas nos conduzem a mesma origem, mostrando a fidelidade dos súditos, honrando a monarquia portuguesa.
(Foto do autor março de 2015 encontro das aguas do rIo Douro com o oceano Atlantico)
AS TRIPAS DO PORTO
São admiráveis como os portugueses valorizam a história de seu povo, seus costumes e suas tradições culturais. Estes nossos irmãos lusitanos nunca desprezaram os pequenos detalhes que dão origem a historia de sua gente.
Talvez seja esse o motivo que levou Dom Pedro IV rei de Portugal, o nosso Dom Pedro I do Brasil, a se apaixonar pela cidade do Porto chegando ao extremo de doar o próprio coração a esta encantadora cidade lusa conhecida como a terra dos tripeiros.
A tripa é o prato principal da culinária portuária. Consumida em diversas receitas, se tornou referencia gastronômica e cultural da cidade do Porto. Vista como símbolo de fidelidade, ela apareceu socialmente pela primeira vez em reposta ao infante D.Henrique quando inesperadamente ele aparece no Porto para ver o andamento dos trabalhos Nos estaleiros da construção naval. No ano de 1415, construíam-se nas margens do Douro as naus e os barcos que haveriam de levar os portugueses, nesse ano, à conquista de Ceuta e, mais tarde, à epopéia dos Descobrimentos.
A razão deste empreendimento era secreta e nos estaleiros os boatos eram muitos e variados: uns diziam que as embarcações eram destinadas a transportar a Infanta D. Helena à Inglaterra, onde se casaria; outros diziam que era para levar El-Rei D. João I a Jerusalém para visitar o Santo Sepulcro. Mas havia ainda quem afirmasse a pés juntos que a armada se destinava a conduzir os Infantes D. Pedro e D. Henrique a Nápoles para ali se casarem…
Embora satisfeito com o esforço despendido, o infante D.Henrique achou que se poderia fazer ainda mais. Então confidenciou ao mestre Vaz, o fiel encarregado da construção, as verdadeiras e secretas razões que estavam na sua origem: a conquista de Ceuta. Pediu ao mestre e aos seus homens mais empenho e sacrifícios, ao que mestre Vaz lhe assegurou que fariam para o infante o mesmo que tinham feito cerca de trinta anos atrás a quando da guerra com Castela: dariam toda a carne da cidade e comeriam apenas as tripas. Este sacrifício tinha-lhes valido mesmo a alcunha de “tripeiros”. Comovido, o infante D. Henrique disse-lhe então que esse nome de “tripeiros” era uma verdadeira honra para o povo do Porto. A História de Portugal registrou mais este sacrifício invulgar dos heroicos “tripeiros” que contribuiu para que a grande frota do Infante D. Henrique, com sete galés e vinte naus, partisse a caminho da conquista de Ceuta.
Séculos mais tarde graças à honra e a fidelidade dos tripeiros para com a justiça na coroa portuguesa, D.Pedro I do Brasil derrotou o Exercito de seu irmão D. Miguel, que havia ocupado indevidamente o trono que lhe era direto. Quando então pode nosso imperador ser corado como o rei D.Pedro IV de Portugal.
São diversas as lendas contadas pelos escritores portugueses a respeito das tripas, mas todas elas nos conduzem a mesma origem, mostrando a fidelidade dos súditos, honrando a monarquia portuguesa.
(Foto do autor março de 2015 encontro das aguas do rIo Douro com o oceano Atlantico)