O BURRO TRAVESSO E O LEITEIRO
Lá pelos anos oitenta Tião do Doreco trabalhava recolhendo o leite das fazendas para a Cooperbom. Tornou-se conhecido como Tião leiteiro. O homem era um terror para os animais de pequeno e médio porte nas fazendas por onde andava.
Galinhas caipira, galinhas d‘angolas, marrecos, patos, peru gatos e cachorros, cabrito e carneiro até mesmo os passarinhos, fugiam apavorados na frente de seu caminhão. Não raras foram às vezes que as angolas apesar da esperteza foram atropeladas por ele chegando a botar ovo pré maturo em pleno voou atingindo o para brisa de seu caminhão.
Latadas de cipó, moita de lobeiras, unha de bezerro, pau terra e etc., era pouco para ele arrancar com o para-choque de seu caminhão.
Certa vez o Nenzico do Minguinho, chegou a minha casa de carona com ele, eu perguntei:
--O que aconteceu Nenzico todo arranhado brigou com os gatos?
Isso é farta de responsabiliza do Tião leiteiro, passaram com a gente numa moita de lobeiras, quais mata a gente.
Noutra ocasião na fazenda do João Victor, filho do Juca Rufino, um de seus empregados comprou do João Pequeno um burro, o danado era mais pirracento que a mulher do piolho. certo dia o burro empacou no meio da estrada, nada fez o major seu dono tirar o bicho do lugar. Depois de esgotar todos os recursos. Ele cuspindo marimbondos e gaguejando mais que tudo, foi á casa do antigo dono, querendo desfazer o negocio. João pequeno disse:
--Que isso Major num carece da gente desmanchar o negócio não sô-, eu vou Ia ter uma prosa cum seu burro ocê vai ver cumo ele sai bunitinho de lá! E Ia se foi os dois chegando no local, João Pequeno aproximou do burro, o major, ficou espiando de longe. O João chegou a boca bem na orelha do bicho e cuspiu sua bituca de cigarro acesa la bem no fundo de sua orelha. O burro pingou na braquiária zurrando e saltando, só uma semana depois o major conseguiu o pegá de novo.
Terminado o espetáculo, gaguejando major perguntou pro João:
--Má, ma, qui, qui, qui cocê prusiô cu burro prele sai danado sartano daquele jeito pra tudo quanté lado sô?
--Nada não, só o avisei que tava quase na hora do Tião do Doreco passar pela estrada recolhendo o leite dos Rufino!
Lá pelos anos oitenta Tião do Doreco trabalhava recolhendo o leite das fazendas para a Cooperbom. Tornou-se conhecido como Tião leiteiro. O homem era um terror para os animais de pequeno e médio porte nas fazendas por onde andava.
Galinhas caipira, galinhas d‘angolas, marrecos, patos, peru gatos e cachorros, cabrito e carneiro até mesmo os passarinhos, fugiam apavorados na frente de seu caminhão. Não raras foram às vezes que as angolas apesar da esperteza foram atropeladas por ele chegando a botar ovo pré maturo em pleno voou atingindo o para brisa de seu caminhão.
Latadas de cipó, moita de lobeiras, unha de bezerro, pau terra e etc., era pouco para ele arrancar com o para-choque de seu caminhão.
Certa vez o Nenzico do Minguinho, chegou a minha casa de carona com ele, eu perguntei:
--O que aconteceu Nenzico todo arranhado brigou com os gatos?
Isso é farta de responsabiliza do Tião leiteiro, passaram com a gente numa moita de lobeiras, quais mata a gente.
Noutra ocasião na fazenda do João Victor, filho do Juca Rufino, um de seus empregados comprou do João Pequeno um burro, o danado era mais pirracento que a mulher do piolho. certo dia o burro empacou no meio da estrada, nada fez o major seu dono tirar o bicho do lugar. Depois de esgotar todos os recursos. Ele cuspindo marimbondos e gaguejando mais que tudo, foi á casa do antigo dono, querendo desfazer o negocio. João pequeno disse:
--Que isso Major num carece da gente desmanchar o negócio não sô-, eu vou Ia ter uma prosa cum seu burro ocê vai ver cumo ele sai bunitinho de lá! E Ia se foi os dois chegando no local, João Pequeno aproximou do burro, o major, ficou espiando de longe. O João chegou a boca bem na orelha do bicho e cuspiu sua bituca de cigarro acesa la bem no fundo de sua orelha. O burro pingou na braquiária zurrando e saltando, só uma semana depois o major conseguiu o pegá de novo.
Terminado o espetáculo, gaguejando major perguntou pro João:
--Má, ma, qui, qui, qui cocê prusiô cu burro prele sai danado sartano daquele jeito pra tudo quanté lado sô?
--Nada não, só o avisei que tava quase na hora do Tião do Doreco passar pela estrada recolhendo o leite dos Rufino!