O CABOCLINHO IRRITADO
O Caboclinho era muito tinhosos, mas também era meio lerdo das ideias, morava com a esposa em um casebre, possuía uma pequena propriedade rural, não passava de três quartas de terra, onde vivia e criava algumas galinhas e engordava capados para o gasto. Vivia de trabalhar por dia para os sitiantes maiores da região e a custo de muito suor, acabou comprando uma cavalo e uma carroça, com o qual melhorou sua renda ganhando alguns trocados com carretos e com explanação de milho nos roçados.
A coisa fluía bem, como era de costume o caboclinho toda manhã para pegar o animal para o trabalho ia com um rastoio na mão e assim que o cavalo se aproximava para comer o milho, o caboclinho passava a gorda em seu pescoço e trazia para o terreiro onde arriava o animal e punha na carroça para o serviço do dia a dia, mas em certo ponto da historia o animal pegou uma terrível barda, começou a refugar, negaceava o caboclinho como o rastoio na mão e, quando de posse do rastoio, mais que depressa virava nos pés e pernas para que te quero, não deixava o caboclinho sequer se aproximar e isto dava um trabalho danado pro caboclinho alem de atrasar o serviço do dia.
Certo dia, enraivado com o que estava acontecendo e como naquele dia por mais que tentasse não conseguiu pegar o animal no pasto, o cavalo já havia lhe roubado três ou quatro rastoio e ele não conseguira jogar a corda sobre o pescoço do animal, foi então que teve uma ideia um tanto quanto inusitada.
Sem dizer uma só palavra, foi para casa, pegou uma caixa de fósforo, voltou para o pasto e ateou fogo na grama que aquela época do ano estava uma macega seca devido a grande período de estiagem, o animal se viu encurralado pelo fogo e assim conseguiu pegar o animal rebelde porem, ficou sem o pasto, pois o fogo alem de queimar toda a grama, também destruiu alguns mourões e, a esposa da janela do casebre observava a cena não acreditando no que estava vendo.