O TESOUREIRO
A empresa para a qual Carlos trabalhava prestava serviços ao Banco do Brasil. Carlos estava registrado como jardineiro e era encarregado da manutenção do jardim de algumas agências.
Numa festa da igreja evangélica que frequentava, conheceu Ana, uma universitária bonita, educada, e de família que tinha posses. Carlos era um rapaz bem apessoado. Se vestia modestamente, é verdade, mas com certo gosto. Também não era ignorante e falava com desenvoltura. Entretanto, não cursara mais que o primário e sua família morava em uma casa muito simples, em um bairro distante, na periferia da cidade.
Ele tinha vergonha de sua condição e sonhava alto. Disse para Ana que trabalhava como tesoureiro de uma agência do Banco do Brasil.
A moça ficou encantada e depois de pouco mais de um mês de namoro convidou-o a conhecer sua família. Os pais de Ana organizaram um jantar para receber e conhecer o genro em potencial, que se apresentava com futuro promissor. Era, enfim, um excelente partido.
Ana, muitas vezes perguntou-lhe se podia conhecer seu local de trabalho, mas ele sempre se esquivava. Como o rapaz tinha certa vez indicado a agência em que supostamente trabalhava, ela decidiu fazer-lhe uma surpresa.
Chegando ao local, dirigiu-se ao gerente, perguntando pelo tesoureiro Carlos. Ninguém conhecia um funcionário com esse nome. Desapontada, ela ia deixando a agência quando, de longe, avistou Carlos vestido com o macacão da empresa em que trabalhava. Seu namorado tinha nas mãos uma enorme tesoura, com a qual podava a cerca-viva que contornava o canteiro de flores em frente ao banco.
Ele não a viu, mas ela entendeu tudo. Decepcionada e com lágrimas nos olhos foi para casa em silêncio.
Carlos não havia mentido. Digamos que havia apenas omitido a verdade.
A empresa para a qual Carlos trabalhava prestava serviços ao Banco do Brasil. Carlos estava registrado como jardineiro e era encarregado da manutenção do jardim de algumas agências.
Numa festa da igreja evangélica que frequentava, conheceu Ana, uma universitária bonita, educada, e de família que tinha posses. Carlos era um rapaz bem apessoado. Se vestia modestamente, é verdade, mas com certo gosto. Também não era ignorante e falava com desenvoltura. Entretanto, não cursara mais que o primário e sua família morava em uma casa muito simples, em um bairro distante, na periferia da cidade.
Ele tinha vergonha de sua condição e sonhava alto. Disse para Ana que trabalhava como tesoureiro de uma agência do Banco do Brasil.
A moça ficou encantada e depois de pouco mais de um mês de namoro convidou-o a conhecer sua família. Os pais de Ana organizaram um jantar para receber e conhecer o genro em potencial, que se apresentava com futuro promissor. Era, enfim, um excelente partido.
Ana, muitas vezes perguntou-lhe se podia conhecer seu local de trabalho, mas ele sempre se esquivava. Como o rapaz tinha certa vez indicado a agência em que supostamente trabalhava, ela decidiu fazer-lhe uma surpresa.
Chegando ao local, dirigiu-se ao gerente, perguntando pelo tesoureiro Carlos. Ninguém conhecia um funcionário com esse nome. Desapontada, ela ia deixando a agência quando, de longe, avistou Carlos vestido com o macacão da empresa em que trabalhava. Seu namorado tinha nas mãos uma enorme tesoura, com a qual podava a cerca-viva que contornava o canteiro de flores em frente ao banco.
Ele não a viu, mas ela entendeu tudo. Decepcionada e com lágrimas nos olhos foi para casa em silêncio.
Carlos não havia mentido. Digamos que havia apenas omitido a verdade.