O GARANHÃO
Vitório, quando moço já fora muito mulherengo.
Depois de casado, nada mudou. Para desgosto de sua esposa, dizia que ia jogar xadrez com os amigos, mas era para a farra que ele ia. Dona Lecy, sua mulher, era boa esposa, cuidava muito bem da casa e das três filhas que já tinham.
Realmente, Dona Lecy e a família eram pessoas muito dignas e não mereciam ser tratadas assim.
O tempo foi passando e Vitório não se emendava. Numa ocasião, conheceu uma costureira do lugar e por ela se engraçou. Passou a ter duas famílias, pois com a tal teve uma filha.
O tempo foi passando e Seu Vitório já beirava os oitenta anos, aposentado, quando uma diabete severa o acometeu.O resultado foi que teve que largar os jogos de xadrez, as farras, e outras diversões.
Passou a ficar mais em casa e se aborrecia com isso. As filhas, a essa altura, casadas e independentes, resolveram contratar uma enfermeira para que Seu Vitório fosse melhor cuidado e para propiciar à mãe um pouco mais de descanso.
A esta altura ele tinha dificuldade para andar e usava como apoio um andador e, para piorar as coisas, lhe apareceu uma incontinência urinária tornando sua vida mais difícil, tendo que usar fraldas. Só não perdeu a velha cisma de ser mulherengo.
Passou a assediar a enfermeira, querendo tocá-la e lhe fazendo propostas indecentes. Essa moça, aguentou até onde pode, pois precisava muito trabalhar. Certo dia chamou as filhas e disse que não desejava mais ficar. Envergonhada, não queria contar o real motivo da demissão, mas elas insistiram e a jovem acabou revelando o fato.
E a dificuldade em conseguir outras enfermeiras que ficassem na casa prosseguiu. Já pensavam em contratar um homem para esse mister.
Vitório se aproximava dos noventa anos e não se corrigia. Até que encontraram Maria José, uma moça bastante forte, muito robusta e enérgica, que avisada do problema, resolveu encará-lo de frente.
Toda vez que Seu Vitório avançava o sinal, ela o pegava pelos ombros ou pelos braços, e o imobilizava fácilmente. Além disso, com sua voz forte e palavras severas foi, aos poucos, domando o garanhão que, ao final, se tornou dócil como um animalzinho de estimação.
Vitório, quando moço já fora muito mulherengo.
Depois de casado, nada mudou. Para desgosto de sua esposa, dizia que ia jogar xadrez com os amigos, mas era para a farra que ele ia. Dona Lecy, sua mulher, era boa esposa, cuidava muito bem da casa e das três filhas que já tinham.
Realmente, Dona Lecy e a família eram pessoas muito dignas e não mereciam ser tratadas assim.
O tempo foi passando e Vitório não se emendava. Numa ocasião, conheceu uma costureira do lugar e por ela se engraçou. Passou a ter duas famílias, pois com a tal teve uma filha.
O tempo foi passando e Seu Vitório já beirava os oitenta anos, aposentado, quando uma diabete severa o acometeu.O resultado foi que teve que largar os jogos de xadrez, as farras, e outras diversões.
Passou a ficar mais em casa e se aborrecia com isso. As filhas, a essa altura, casadas e independentes, resolveram contratar uma enfermeira para que Seu Vitório fosse melhor cuidado e para propiciar à mãe um pouco mais de descanso.
A esta altura ele tinha dificuldade para andar e usava como apoio um andador e, para piorar as coisas, lhe apareceu uma incontinência urinária tornando sua vida mais difícil, tendo que usar fraldas. Só não perdeu a velha cisma de ser mulherengo.
Passou a assediar a enfermeira, querendo tocá-la e lhe fazendo propostas indecentes. Essa moça, aguentou até onde pode, pois precisava muito trabalhar. Certo dia chamou as filhas e disse que não desejava mais ficar. Envergonhada, não queria contar o real motivo da demissão, mas elas insistiram e a jovem acabou revelando o fato.
E a dificuldade em conseguir outras enfermeiras que ficassem na casa prosseguiu. Já pensavam em contratar um homem para esse mister.
Vitório se aproximava dos noventa anos e não se corrigia. Até que encontraram Maria José, uma moça bastante forte, muito robusta e enérgica, que avisada do problema, resolveu encará-lo de frente.
Toda vez que Seu Vitório avançava o sinal, ela o pegava pelos ombros ou pelos braços, e o imobilizava fácilmente. Além disso, com sua voz forte e palavras severas foi, aos poucos, domando o garanhão que, ao final, se tornou dócil como um animalzinho de estimação.