Dois Causozinhos do osnofa, pra variar...

História imaginável do osnofa

Dois Causozinhos do osnofa, pra variar...

Dona Ermina chegou à cadeia de Itaúna pedindo ao delegado que prendesse imediatamente seu filho. E o delegado Olímpio Nolasco que não respondia mais como o titular, explicou à desesperada mãe, que no momento não poderia fazer nadinha por ela e que o delega de plantão estava ocupado comendo uma pratada de pé de porco com mandioca e não gostaria de ser incomodado em hipótese alguma. Iguaria finíssima cozinhada em fogão a lenha, pelo saudoso amigo Zé do Anésio, famoso comerciante e conhecidíssimo na cidade por ser o dono de uma mercearia de frente a portaria da fábrica da Companhia de Tecidos Itaunense. O movimento na mercearia era tanto que os filhos Ronaldo e Reinaldo, ficavam no controle do financeiro só anotando nas cadernetas. De fato o Zé do Anésio era um excelente cozinheiro - ele e a esposa Dona Tina, produziam quase todas as iguarias que eram vendidas na mercearia: coxinhas, pasteis, quibes e uma variedade de biscoitos e bolinhos, afinal a mercearia tinha mesmo de tudo, até aquela bolacha de água e sal que o Dr. Guaracy, diretor da Itaunense, gostava tanto na hora do rush.

O osnofa conheceu o Zé do Anésio, morador da Rua Cassiano Dornas, vizinho da cadeia, que fica situada na Rua Santana e sabia da qualidade de vida deste cidadão itaunense, bom vizinho e bom amigo e gostava sempre de agradar os amigos com sua especialidade a famosa iguaria, pé de porco com mandioca. E quando chegou a Itaúna o novo delegado que ficou famoso na cidade por combater a criminalidade, Dr. Hudson Maldonado, o Zé do Anésio e o delegado fizeram uma grande amizade e sempre que podia o Zé do Anésio levava seu agrado ao amigo Delegado.

Dona Ermina, indignada com a situação, invadiu a sala do delegado sem pedir licença e foi logo dizendo para a autoridade: por favor, Dr. Delegado, prenda meu filho agora eu já não aguento mais tal situação. O delegado também indignado quis saber de imediato o que sucedia de tão importante que o filho desta senhora tinha que ser preso imediatamente. Dona Ermina então relatou ao delegado: Ora seu doutor eu vim pra Itaúna tem apenas um mês, em poucos dias que estamos morando aqui na cidade, meu filho mudou radicalmente, primeiro ele comprou uma mutuca, depois chorissou os cabelos e agora tá fumando a tá da inconha, como o senhor veio para Itaúna para combater a criminalidade, estou pedindo que prenda meu filho. E assim o delegado Dr. Hudson partiu com dona Ermina em diligencia para prender o meliante. Este causo se não for verdade pode ser mais uma invenção do osnofa.

Bem antes e muito antes mesmo da lei, Maria da Penha ser uma ideia, ser aprovada e ser de fato uma lei, o jornalista Sebastião Nogueira Gomide o conhecido Piu do Jornal Folha do Oeste já praticava a lei Maria da Penha aqui em Itaúna. Com sua coragem o jornalista, criou no semanário a coluna intitulada Marido da Semana. E todo marido que batia na mulher, por causa desta coluna de fato ia preso e ficava conhecido na boca do povo, como Marido da Semana e este fato passou intimidar os agressores. E o jornalista dava ao Marido da Semana uma medalha, assim este tipo de agressão era literalmente punida. O porquê de criar esta coluna é devido um fato que o jornalista Piu da Folha do Oeste observando presenciou no bairro da Piedade, onde o havia um alto índice deste tipo de criminalidade: marido enchia a cara de cachaça nos botecos copo sujo e apostavam quem batia mais em suas esposas. O osnofa encontrou nos anais da Folha do Oeste e descobriu o Marido da Semana mais famoso da época. O Pileque - freguês diário do boteco da Tia, uma conhecida senhora proprietária de boteco no bairro da Piedade -bairro também conhecido como Bucólico, mais nada tranquilo. A Tia destilava a sua própria cachaça, a base de piteira e ácido, feita nos fundos do quintal da casa, ali na rua Xavante. O Pileque ganhou 15 medalhas de Marido da Semana em apenas um mês e foi destaque do jornal como o marido que mais bateu na mulher em todos os tempos, e este fato chamou a atenção da sociedade. Alguém precisava imediatamente tentar resolver esta situação inaceitável e naquele tempo ainda não existia o botão do pânico como mostrado no Fantástico na semana passada, para denunciar os maridos que batem na mulher, mas existia a Folha do Oeste e aí que entra em sena o Pastor Jair, evangélico que chegou a Itaúna com a Igreja Quadrangular, e se fixou ali na rua da Harmonia bem próximo ao bairro da Piedade. Sua primeira missão foi converter o Pileque a uma vida cristã e de fato isto aconteceu. O Pileque se converteu, despois disto ele a esposa passaram a frequentar a Igreja Quadrangular - este foi apenas um dos milagres que o Pastor Jair realizou em Itaúna, em sua passagem por nossa cidade, muita gente viu e ouviu o Pastor realizar seus milagres e transformar a vida de muitas famílias de itaunenses na normalidade... Fato que tenho que levar em consideração neste causo do osnofa, quando o pastor Jair chegou a Itaúna ele foi a banca de revista do Geraldo Turruca, ali na praça da Matriz e foi recomendado pelo dono da banca que comprasse o jornal Folha do Oeste, foi aí que o Pileque, Marido da Semana quase diário deste semanário, caiu na graça do pastor Jair e passou a ser um marido exemplar no bucólico bairro da Piedade, que de tranquilo mesmo não tinha nada. Quanto as medalhas de Marido da Semana que o Pileque ganhou da Folha do Oeste ficaram por um bom tempo penduradas na prateleira do boteco da Tia lá no bucólico, bairro da Piedade...

Apoio Cultural, virtual gratuito.

Barbearia – São Geraldo, dos irmãos Leone. Onde o freguês faz: cabelo, barba e bigode e fica por dentro de tudo que rola na cidade. Local - Praça Matriz ao lado do Banco Itaú.

Ainda em tempo, o osnofa parabeniza o Jornal Brexó, por mais um ano de jornalismo corajoso, determinado e honesto, no dia 25 de Setembro, bem lembrado.

Afonsinho
Enviado por Afonsinho em 26/09/2014
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