NUDEZ
O Caboclinho ficou encafifado com uma palavra que acabara de ouvir na cidade, numa discutição entre o Elias do bazar, um turco muito sabido e o caseiro do Dr. Edu, homem muito rico, advogado conceituado e possuidor de varias fazendas na região e o que chamou a atenção do caboclinho foi quando o caseiro tecendo elogios a filha do dito cujo doutor, dizia que eras uma moça muito bonita, inteligente e trabalhava com uma tal “Nudez Artística”
Chegando na vendinha do bairro ele foi logo se queixar para o outro compadre, o qual ele tinha por muito sabido, que ele não havia entendido muito bem esta tal de “nudeis” que profissão mais estranha, o que seria isto?
O outro compadre matutou, matutou e para não deixar transparecer que ele também não entendeu nada da dita cuja conversa, acabou aconselhado o compadre ignorante
__ Óia cumpadi, o qué dizê “nudeis” eu num sei dizê pro sinhô não, ara sio, mais vamo deixa essa bobagê de lado, vamo toma nossa cachacinha i num vamo mexê com essa gente rica não cumpadi, puis seja lá o que fô, vino deis sempre sobra prá nóis, intão o cumpadi num acha qui é mais mió nu deis do que nu nosso!
__ Tai cumpadi, oce num dexa de tê razão nunca cumpadi, bamo toma mais um gole!
E depois de tomarem mais umas doses da branquinha, ele ainda elogiou a sabedoria do compadre
__ Eita cupadi, por isso qu’eu gosto de prusià cum o sinhô!
E foi embora sem entende patavina alguma, mas foi feliz da vida.