A INOCÊNCIA DO BALCONISTA
Tendo como horário de trabalho noturno, os dois guardas rodoviários rotineiramente adentravam no restaurante do Posto de Combustível de madrugada para tomarem café e distrair um pouco da rotina de policiar a rodovia .
Naquele noite em especial, chegaram e como de costume, tomaram o seu café e encostando o balcão, ali permaneceram algum tempo proseando e observando o entra e sai de viajantes no restaurante. Nisso entra um caminhoneiro, freguês do estabelecimento e conhecido do balconista tanto é que pede em alto e bom tom:
__ Zé, me dê o café de sempre!
Ao ver os policiais rodoviários que estão encostados no balcão e, enquanto o balconista providencia o pedido que consiste numa dose dupla de conhaque, disfarçadamente vai ao banheiro.
Na volta ele sorrateiramente passa pelo balcão quando o rapaz na sua ingenuidade lhes chama atenção indicando o copo com conhaque que esta a sua espera no balcão. Vendo que os policiais ainda permanecem ali, ele retruca veemente:
__ Tá louco Zé, eu pedi um café, ocê me dá conhaque!
Não percebendo que o caminhoneiro queria simplesmente disfarçar com a presença dos guardas rodoviários, o rapaz na ingenuidade responde:
__ Ué, não sei porque esta frescura, o seu café sempre foi uma dose dupla de conhaque, porque tá recusando hoje?