O velho e a fera

Hoje quando estava subindo para o trabalho presenciei algo que me deixou pensativo, um certo senhor gágá estava gritando no meio de uma praça por onde passo todos os dias, ele chamava por alguém chamado Elizeu ou algum nome parecido, de repente jeito ele começou a contar uma história que chamou minha atenção, a história era mais ou menos assim:

- Quando eu era jovem, tudo estava dando errado na minha vida, até parecia que eu tinha uma maldição, pois tudo que eu tocava dava errado, pelo menos era essa a senssação. O velho louco olhou para uma das árvores da praça e continuou a dizer:

- Certo dia Elizeu! Estava deitado, mas num conseguia dormi, estava pensativo, pois minha mulher tinha me abandonado, eu num tinha um emprego e o ultimo trocado que me restava gastei com uma garrafa de pinga e um maço de cigarro, foi quando eu escutei um barulho na cozinha e levantei cambaleando para ver se era a minha “preta” que talvez tinha me perdoado e tinha voltado pra me dar uma segunda chance. Abri a porta do quarto olhei para a cozinha e não vi nada e pensei comigo:

- Ué, a casa ta toda apagada e já é tarde da noite, deve ser algum vagabundo que entrou aqui pensando que num tem ninguém. Tomei coragem fui até a cozinha e quando acendi a luz não tinha ninguém lá, mas quando olhei para o lado dei de frente com um monstro, igual aqueles das histórias que meu pai costumava a me contar quando criança.

Tentei correr, mas minhas pernas não se mexiam, tentei grita, mas minha boca num abria, foi quando eu olhei para a fera e vi que ela sorria, com um sorriso muito filho da puta, era como se aquele sorriso falace que tudo de ruim que estava e já tinha acontecido na minha vida fosse tudo culpa dela.

O velho gágá ficou em silêncio por um breve momento como se alguém falace com ele e concluiu a história:

- Olhei para a miserável e sentei um soco bem dado na fuça da fera, escutei um barulho de vidro quebrando, olhei para minha mão e a vi toda ensanguentada, cortada e doendo muito, mais muito mesmo, com isso percebi que eu tinha rebentado o espelho que tinha na cozinha. O velho ficou em silêncio por mais um estante e com uma explosão de alegria ele saiu correndo e gritando:

“ A fera sou eu, a fera sou eu”.

Passei o dia inteiro pensando na história daquele Sr. Doido, quando percebi algo que num tinha pensado antes de ouvir a história que mesmo que fosse uma caduquice de um velho tinha um grande ensinamento, que nossas escolhas decidirão se teremos um futuro prospero ou se acabaremos como aquele velho caduco, graças a nossas escolhas.

Igor Silva
Enviado por Igor Silva em 29/01/2013
Código do texto: T4112443
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