A PROCURA DA FELICIDADE
Conta-se que num reino muito distante, perdido nos confins do mundo, um Rei um tanto ignorante, apesar da nobreza, viu seu súditos um a um ir sucumbindo a mercê de um profunda tristeza a quem chamavam de depressão, mas qual seria o motivo de tamanha desgraça?
O reino era um verdadeiro paraíso, os súditos do alto escalão na hierarquia do reino moravam em luxuosos palácios, rodeados de criados, todos a disposição para satisfazer suas necessidade e desejos, o tesouro real era suficientemente grande para manter o luxo e a luxuria da corte, serviços e preocupações com o mundo, isso nem pensar, era festa e mais festas, nada de preocupações, nada de ocupações mas, a cada dia que passava, o rei recebia noticia de que alguém estava com depressão profunda.
Como a coisa ia de mal a pior, o rei convocou seus conselheiros, estudiosos que passavam o dia entocados na rica biblioteca do reino em busca do saber, pensadores de grande estima do rei enfim, sábios da mais alta confiança para sugestões que pudessem mudar tal situação, mas por mais que o rei insistisse parece que não havia uma resposta satisfatória para a situação horripilante, até que um dos sábios sugeriu:
___ Só existe uma saída, basta o Rei vestir a camisa de um homem feliz, a felicidade restabelecerá por todo o reino.
A ordem real foi dada e os soldados do rei saíram em busca de uma pessoa feliz com a ordem expressas de que ao encontrar esta pessoa, confiscassem em apelações, sua camisa e trouxesse para o rei mas qual o que, parece que não havia alegria por aquela terra, tanto é que tempos depois, todos voltaram ao palácio de mãos vazias e a triste noticia foi dada ao rei que ficou desolado ate que um serviçal atrevido informou:
___ Morando em uma gruta na cordilheira que divide o reino, porem ainda em terras nacionais, num lugar de difícil acesso e isolado da civilização, existe um monge que vive de maneira humilde, em trajes simples mas como dizem aqueles que o conhecem, é um homem feliz.
Imediatamente o Rei mandou mensageiros escoltados pela guarda real até a serra ordenando que trouxessem a camisa do homem feliz para que, de posse dela, ele pudesse trazer de volta a verdadeira alegria aquele reino desolado. Alguns dias depois da partida, mensageiros voltaram ao palácio, porem sem a tão cobiçada camisa, o rei foi logo perguntando sobre o homem feliz:
___ Sim Majestade, o tal homem existe conforme informou o serviçal, vive feliz, cantando e brincando com a natureza, não se preocupa com o luxa e despreza a luxuria, planta, colhe e beneficia seus próprios alimentos e embora vivendo de uma maneira rudimentar, tudo o que carece, a mãe natureza lhe oferece, nada falta a sua sobrevivência, assim vive feliz da vida.
E o rei, satisfeito e pressentindo que o seu problema estava para ser solucionado, indagou:
___ E a camisa deste plebeu? Onde está?
Os mensageiros amedrontados com uma possível reação de sua majestade, um deles cabisbaixo respondeu:
___ Majestade, tamanha é a simplicidade em que vive tal homem que nem sequer tem camisa pra vestir!