A VÚVA INCONSOLAVEL
A notícia do falecimento do Firmino chocou toda a região, rapaz novo ainda, sacudido como ele só, não havia ninguém que pudesse com ele no eito alem do que era um rapaz alegre, dado com todos e muito prestativo, se houvesse noticia de um mutirão o bairro, lá estava o Firmino com sua viola debaixo do braço, cantando e contando rompança, falando de suas aventuras dos tempos de solteiro por este sertão afora, verdade é que o caboclinho só se aquietou quando veio por estas bandas e conheceu a Clementina sua esposa e mãe de seus seis rebentos.
Pela amizade que nutria no bairro e adjacências, fez um compadrio muito grande e todos queriam muito bem a Firmino, tanto é que o ocorrido foi a tardinha e já na boca da noite o seu casebre já estava entupetado de gente, eram homens, mulheres, jovens e crianças que vieram para passar a noite guardando o pobre defunto.
A viúva Clementina, popularmente chamada por Tina estava inconsolável, a cada conhecido da família que chegava era aquele pampeiro por parte da pobre mulher que apesar de sacudida e trabalhadeira agora ficou só com a dura incumbência de criar os filhos, era altas horas da noite que chegou comadre Formosina, senhora de idade avançada e que recentemente tinha enviuvado, foi aí que a coisa desandou de vez entre gemidos e ais, Tina desabafou no ombro da comadre:
___ Ahhhh Cumadi Formusina! Tadinho do Firmini, ahhh cumadi! Ele era tão gostoooosssooo.