O CABOCLINHO BEM DOTADO
Era um caboclinho franzino, baixa estatura, vivia entocado em sua pequena propriedade localizado num bairro populosos mas retirado do pequeno povoado, onde aparecia vez por outra para comprar o necessitado, do mais vivia alongado no meio do mato, não era de pegar no pesado e de certa forma não seria uma pessoa especial, a não ser pela fama que corria a línguas soltas de que era um caboclo bem dotado, tinha as ferramentas um tanto quanto descomunal alem do que, por boca das própria esposa, era um homem ativo e não passava um dia sequer sem procurá-la e as vezes até em horas inoportunas, isto porem a deixava muito feliz pois fogosa como era, tal conduta do esposo muito contribuía para que ela pudesse suportar as sua vadiagem e até a aparente pobreza em que viviam.
Certo dia o bairro inteiro se enlutou, correu a triste noticia de que morreu de repente o pequeno caboclinho, o fato foi um choque para todos, pois o homem gozava de muita saúde, porem como se diz, a única certeza que temos em nossa vida é que a morte um dia nos visitará, assim para a residência do rapaz todos acorreram, as mulheres para consolar a pobre viúva e os homens para preparar o corpo para o guardamento, assim em pouco tempo a casa estava fervilhando de gente.
Janjão e Felisberto, compadres da viúva e companheiros inseparáveis sobretudo neste momento, já se prontificaram em dar banho no defunto e preparar o corpo vestindo adequadamente para a ocasião, ou seja, o guardamento, a viúva separou a melhor roupa, camisa, calça, sapato e o terno de caxemira que sempre ostentava nas ocasiões especiais e lá se foram os dois compadres para aquela tarefa mórbida, sem ao menos imaginar a surpresa que estava por vir.
Ao adentrar no quarto onde o corpo jazia, notaram de inicio que o membro do homem, enorme que era, estava enrijecido e assim permaneceu mesmo após o banho, mil e umas ideias passaram pela cabeça dos dois e finalmente chegaram a conclusão que o ideal seria cortar e colocar ao lado do caixão mas acharam que tal procedimento somente poderia ser feito de comum acordo com a comadre.
Chamando a viúva em um local reservado, contaram como estava a situação do falecido, o que foi suficiente para uma crise de choro que a muito custo foi contornada, porem a ela não concordou com a amputação do membro, argumentando que este foi a sua felicidade por todos o tempo em que permaneceu casada e, religiosa como era, vai que na ressurreição no dia do juízo final o coitado apareça mutilado, como ela ficaria, assim sendo foi sugerido que amarrassem o dito cujo membro enrijecido junto a perna e assim poderiam velar o corpo e ninguém saberia do acontecido.
Algum tempo depois lá estava o defunto exposto a visitação, as mulheres consolavam a viúva em prantos que volta e meia lá estava debruçado sobre o corpo do marido desfalecido, lastimando triste ocorrido, acariciando todo o seu corpo e foi num desses momento, a sala repleta de visitantes, quando num repetente, forçado pelos estrimiliques da viúva, o laço que prendia o membro se desfaz, e o defunto ficou em estado interessante em pleno guardamento, foi um banzé danado, as mulheres entraram em pânico com medo do defunto tarado, as mães tapavam o rosto da mocinhas supostamente ingênuas, as mais pudicas saíram rapidamente da sala, as mais solidarias a viúva, permaneceram ali enquanto os dois compadres recolheram o defunto para o quarto cabendo-lhes a tarefa de imobilizar novamente o membro do falecido.