A SITUAÇÃO DA CLASSE MÉDIA
Existem pessoas na face da terra que parece que vieram ao mundo ao para reclamar e maldizer a sorte e na maioria das vezes até sem razão, pois como dizia meu finado pai, o humilde sofre calado.
Era um final de Tarde, o rapaz ainda jovem estava acomodado num canto do balcão daquele estabelecimento e degustava sua cerveja geladinha quando entra boteco adentro um ricaço região, o homem tinha de tudo, algumas fazendas, propriedades na cidade e da capital sobretudo uma bela família, mas nada estava bom para ele e não sabia prosear se não fosse para reclamar, desta feita o motivo do descontentamento era o governo, mais especificamente a queda do preço da soja, segundo ele, causado devido a desvalorização do dólar em relação ao cruzeiro, ele um grande produtor, tanto é que estocava sua produção em sua própria fazenda a espera de melhor preço para negociar a produção mas ele era sempre assim, hoje foi a soja, amanhã com certeza será a arroba do boi gordo, grande agropecuarista, em sua fazendas no Mato grosso diziam que as invernadas eram a perder de vista e bois não se contava por dezenas e sim por milhares de cabeça. A cada ano que se passava, lá estava o homem a negociar mais terras, aumentando o seu patrimônio, e literalmente pertencia a classe alta da sociedade brasileira, mas na sua arrogância não perdia a oportunidade de criticar o governo alegando falta de amparo aos produtores rurais e pecuaristas.
O Caboclinho, simples funcionário publico, não se agüentando ouvir tantas reclamação, levantou, dirigiu até o figurão que esbravejava em pé no balcão, deu um tapinha e suas costas e disse:
___ Pois é meu amigo! Se pra nós a situação esta difícil, imagine para a classe média !