O ATEU E O REZADOR DE TERÇO
Tamanha discussão se formou naquele dia entre alguns dos moradores daquele bairro distante do povoado e tudo aconteceu o termino da missa que todo ano por época da festa da padroeira do Bairro o Padre vinha dize naquele ermo de Deus e tudo por causa que no sermão o Padre Adolfo falou que quando estamos rezando o terço, meditando os sagrados Mistérios de Nosso Senhor, não devemos pensar em mais nada e somente nos ater a reza.
Foi ai que Chicão, homem de posses, muito conhecido na região, nem tanto pelos seus bens mas pela sua incredulidade, o homem era um ateu convicto, mas não se sabe por que cargas d’água, justamente naquele dia resolveu assistir a missa e logo após a benção do sacerdote, saiu pra fora começo proferir despautérios contra sermão do Sacerdote, dizia ele:
__ Imagine que algum cristão em sã consciência consegue rezar uma Ave Maria que seja, sem pensar em mais nada.
E por cima ainda prometeu:
__ Se eu encontrar esta alma vivente, de premio darei a ela um dos meus manga larga a escolher no pasto.
Foi aí que Belarmino, caboclinho franzino, não tinha um gato pra puxar pelo rabo, mas homenzinho sacudido no trabalho e fervoroso como quê, conhecido rezador de terço e encomendador de defunto já se manifestou ali na presença de todos, dizendo que quando se reza, realmente não consegue pensar em mais nada, a não ser em proferir as palavras da santa devoção.
A perrenha tava feita, e vai dai que o caboclinho se propôs a rezar, em alto e bom tom, uma Ave Maria na presença de todos , houve um profundo e respeitoso silencio e ele acostumado e conhecedor da reza como que, e ansioso pela premio começou a recitá-la: “Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora...
Uma pequena pausa seguida de uma pergunta inoportuna:
__ Iscuita aqui Nho Chicão, e cavalo, é arreado ou sem arreio?