O RICO E O MENDINGO

Era ele um homem muito poderoso, não era político mas pela enorme riqueza que possuía, ditava as normas como se fossem lei e até neles mandava, não dava valor as pessoa mais humildes chegando ao cumulo de dizes que o pobre não tinha o direito de ficar velho e que se governo fosse, assim que não pudesse mais trabalhar, mandaria matar, evitando assim gastos desnecessários.

Assim ele ia vivendo sua vida no seu medíocre mundo, sempre teve tudo o que julgava precisar para sobreviver e isto lhes dava o direito, supunha o pobre rico homem, de se afastar das pessoas, tivessem elas boas ou mas intenções ao se aproximar dele e sempre dizia haver um abismo muito grande e intransponível entre ambos, ele e o povo. A sua fortuna o tornou num homem frio e calculista, distanciou os ser humano que havia nele e o tempo foi passando e ele, acostumado com a facilidade em resolver seus problemas, pois a maioria deles eram de ordem pratica: comprava o que desejava e pronto, tudo estava solucionado.

Certo dia caminhando nas proximidades de sua residência, encontrou um suposto mendigo que lhes pediu ajuda, sem porem dar tempo para que o infeliz homem se explicar foi logo dizendo:

__________ Como ousas me dirigir a palavra, veja a distancia entre nós, olhe o abismo que nos separa !

E sem dar a devida atenção ao pedinte, foi embora, virando-lhes as costas não reconhecendo o seu próprio funcionário que pedia ajuda para a doença do filho que na tentativa de salvar sua invernadas de um incêndio acabou por se queimar e estava muito mal , precisava ser hospitalizado mas o pobre trabalhador braçal não tinha recursos para tal e por isso dias mais tarde o rapaz veio a falecer.

O tempo passou e numa visita e uma de suas fazendas estando a cavalgar pelas invernadas em um majestoso manga larga, o cavalo assustou com alguma coisa, deu um pinote e acabou derrubando o infeliz homem, que alem de ser jogado ao chão, ficou enroscado nos estribos da montaria, o que assustou mais ainda o animal, que saiu em disparada pelos prados, arrastando o cavaleiro por uma longa distancia, até que fosse socorrido pelos companheiros.

O Acidente custou-lhes alem de costelas quebrada, uma fratura na coluna e apesar do seu poder de compra o que punha a sua disposição os melhores profissionais médicos e com a tecnologia mais avançada da época, o acidente deixou sérias seqüelas impossibilitando de executar algumas funções normais a todo ser humano, andava como um robô, rígido e não podia sequer abaixar para pegar algum objeto no chão.

Estando ele a caminhar pelas proximidades de sua residência, o que fazia rotineiramente, o tempo mudou bruscamente e escuras nuvens brotaram no céu, prenunciando um forte temporal, retornou apressado para casa, uma verdadeira fortaleza, porem ao tirar a chave para abrir o portão de sua casa, com as mão tremulas a chave escapou e caiu no chão. Angustiado pela impossibilidade de pegá-la novamente, pois ao mínimo esforço, poderia ficar paralítico para sempre, e isso já havia advertido os seus médicos, inexplicavelmente um mendigo se aproximou, parecia ser a salvação e foi logo pedindo ao homem que pegasse a chave do portão que havia caído ao chão visto que a chuva se aproximava.

O mendigo,contemplando-o disse:

___________ Senhor não posso

O Milionário atônito perguntou:

___________ Como não? Estou dando uma ordem!

Apesar dos berros do ricaço, o homem não se abalou e com muita calma o alertou

___________ Lembre-se! È muito grande o abismo que nos separa.

Dito isto, saiu andando pela rua afora, desaparecendo como um fantasma em meio a poeira do vendaval que se aproximava trazendo um forte temporal com ventos fortes e granizo, o milionário foi encontrado horas depois por seus funcionários mas já era tarde demais, o homem jazia sem vida no portão de entrada e a alguns metros, a chave e o controle de acesso a fortaleza.

Maciel de Lima
Enviado por Maciel de Lima em 27/10/2010
Código do texto: T2582089
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