A Cobra Gigante!

Gente, eu não sou pescador, mas sei de muitos Causos de arrepiar.

Meu avô sempre gostou muito de pescaria, e que mais me intrigava que sempre quando ele contava as pescarias ele tinha a prova do acontecido, traia de pesca completa ele tinha e não pode esquecer a Kombi, tinha mais ciúmes dela do que da minha avó.

Já não era muito tarde, estávamos todos reunidos em família quando bateu a porta o Sr Euclécio Nonatto, vizinho nosso de sítio e agricultor muito antigo da região, ele trazia na mão uma foto de uma pereréca sendo comida por uma cobra, eu como Biólogo logo identifiquei a cobra era uma jaracuçu do brejo (Mastigodryas bifossatus) tem o nome em certa região como cobra-nova, fato que ela não é peçonhenta embora seja agressiva e podendo chegar até 2 metros de comprimento. Sr Nonatto, cariosamente como chamamos afirmou para meu avô que se tratava de uma cobra alcoólatra e que era viciada em pinga, cachaça da boa, das do engenho e que precisava muito da Kombi do meu avô para ir até a cidade buscar a aguardente pra coitadinha da cobra; meu avô muito educado pediu pra que o vizinho: - se senta! E foi logo desenrolando a história:

Nonatto meu amigo, falando em cobra vou te contar uma tragédia! Sabe que tenho grande admiração, e não é porque tenho muito zelo com minha Kombi que não lhe emprestaria!

Entendo! Responde já pensando que ia pegar a chave.

É fui pescar mais João, Tião, Zé Brejo, Bento Veio, Craudinho, Ciriguela, Medeovaldo, Guerino, Rubicreison e Tuim no domingo passado e aconteceu uma tragédia, é foi sim!

Não diga compadre!!

Num lhe digo! Pois a gente via na estrada e quando dei fé Tuim gritou: - Para que tem um arvore caída! Descemos com toda cautela e quando fomos chegando perto ai escutamos o chocalho. Era um baita duma cascavel, tinha pra la 3 metros e uma cabeça grande de da medo. Foi quando saímos correndo pra dentro da Kombi, com muita astucia dei ré da Kombi e como não tinham como voltar de ré resolvi passar em cima da cobra com a perua, afinal os pneus e largo e ia matar a bitela. Foi então quando embalei e saímos em disparada uns quase 60 por hora, nos 85 o motor da bichinha tava vermelhando e passamos por cima da danada, só senti o barulho na traseira da Kombi e o Tuim viu a bicha atracada na traseira da Kombi, quando percebi tinha a homarada já estava tudo montuado no banco da frente tudo gritando, ai a Kombi empino pra frente, o rabo da cobra bateu no para brisa, to mundo volto pro banco de traz da Kombi foi pulando, parecendo boi bravo, ai até que o Guerino viu a cobra ficando pra traz. Ufa!!

E ai compadre? Deus me defenda! Vale meu São Jorge!

E ai sô que andando uns três légua pra frente à Kombi começo a fuma, e tossia! É foi!

Jesus compadre!

Só ele mesmo! Ai a Kombi parou! Travou tudo, desce pra ver que era e descobrimos a tragédia! A cobra picou o motor da Kombi e matou a coitada.

De modo compadre que não vou pode empresta a Kombi hoje pro Senhor, mas que senhor ia buscar mesmo? E que fato esse de cobra alcoólatra compadre? Era pinga é, se for eu tenho ai? Quantos Sr precisa?

Ah! Uns 60 litros dão né! O causo de conto depois! Me vê pinga logo que já to com medo de pegar a estrada de noite, vai que encontro a Irma dessa cobra ai que picou a Kombi do Senhor.

Daniel Paulo Rozendo
Enviado por Daniel Paulo Rozendo em 21/09/2010
Reeditado em 10/01/2011
Código do texto: T2511992