O OUTRO LADO DA MOEDA
Todos os dias ficávamos por longas horas dialogando contos, causos, até mesmo conhecimentos diversos. Naquele dia sonhei alto demais, quando veio à tona da mente um fato acontecido.
AREIAS DO OESTE, era ainda pequenina, mas aconchegante, quase uma família. Maldades, malandragens, perseguições, criminalidade... tudo muito raro! Até mortes naturais de amigos ou familiares se espaçavam por dias, as vezes até meses.
Acontecimentos, fora do cotidiano pacato, era um marco, uma manchete muito natural de um pequenino local interiorano. Nisso me fez retroceder:
Seu JANUÁRIO, um carroceiro muito conhecido dos transportes diversos: materiais de construção, areias, pedras, entulhos, entregas de compras das vendinhas, tijolos, telhas... Todo e qualquer carreto era sempre oferecido de imediato por tão respeitável profissional. Dizia ser um senhor digno de família, respeitador, honesto, bom caráter, trabalhador, bom pai e execelnte esposo. Era falante, comunicativo, prestativo... Não poderia se observar nada de negativo do seu modo de vida dentro dos padrões de uma elogiada personalidade.
Pouco fora do centro urbano, comum na época de todo e qualquer lugar, quer de grandes centros como lugarejos, existiam as casas de prostíbulo. E, AREIAS DO OESTE, não fugia a essa regra. Zefa Gorda era a dona de uma casa de meretrício. Embora pouco gorda, era uma mulher considerada bonita, elegante, sabia se arrumar muito bem, considerando toda extravagância de uma prostituta da época. Comandava um número representativo de outras tantas jovens "da vida", como eram também conhecidas pelos populares. Homens de todas as idades da pequena comunidade, frequentavam esse antro. Os mais exagerados muito comentados, como os mais reservados, jamais imaginados presos naquele local.
Naquela segunda-feira, início de uma vida dura de trabalho, se reiniciava toda movimentação dos habitantes, cada um indo ao encontro do seu campo de atuação profissional. Logo cedinho a notícia correu de norte a sul de AREIAS DO OESTE, inconformadamente seu JANUÁRIO morto e assassinado. Seu corpo estendido no necrotério do campo santo. Quase todos habitantes se locomoviam para aquele local... Surpreendidos estavam pelo ocorrido, diante de um exemplar senhor da cidadezinha, pelo respeito e boa conduta. E o que seria a causa de tudo aquilo?
Para maior surpresa, ele morto por facadas quando de uma briga na calada da noite, exatamente na "Zona de Meretrício" da ZEFA GORDA! Comentários eram desdobrados rapidamente, diante dos seus familiares envegonhados, também surpresos, jamais imaginavam que o bom chefe de família viesse clandestinamente frequentar aquele subestimado antro. E... pouco mais longe logo surgiu o fato real: SEU JANUÁRIO, um velho amante de ZEFA GORDA, a mesma dona da casa das "Meninas de Vida Fácil"! Uma outra imagem do exemplar habitante daquela cidadezinha passou para uma outra página subestimada de um anterior e distinto senhor, trazendo comprometimento aos seus próprios familiares...
Como uma matéria de uma abalada manchete, o antigo carroceiro foi sepultado sob fortes comentários... Os mais críticos aclamavam a popularesca expressão: "QUEM VÊ A CARA NÃO VÊ O CORAÇÃO!"
xxxx@@@@xxxx
Fonte: PASSARELA DE CONTOS
Conto: Causos
Historiador:Prof.Roangas-Rodolfo Antonio de Gaspari-
Imagens:Títulos: "Esteio" -"Folhas Mortas"- Autor:Rodolfo Antonio de Gaspari-Prof. Roangas-
Todos os dias ficávamos por longas horas dialogando contos, causos, até mesmo conhecimentos diversos. Naquele dia sonhei alto demais, quando veio à tona da mente um fato acontecido.
AREIAS DO OESTE, era ainda pequenina, mas aconchegante, quase uma família. Maldades, malandragens, perseguições, criminalidade... tudo muito raro! Até mortes naturais de amigos ou familiares se espaçavam por dias, as vezes até meses.
Acontecimentos, fora do cotidiano pacato, era um marco, uma manchete muito natural de um pequenino local interiorano. Nisso me fez retroceder:
Seu JANUÁRIO, um carroceiro muito conhecido dos transportes diversos: materiais de construção, areias, pedras, entulhos, entregas de compras das vendinhas, tijolos, telhas... Todo e qualquer carreto era sempre oferecido de imediato por tão respeitável profissional. Dizia ser um senhor digno de família, respeitador, honesto, bom caráter, trabalhador, bom pai e execelnte esposo. Era falante, comunicativo, prestativo... Não poderia se observar nada de negativo do seu modo de vida dentro dos padrões de uma elogiada personalidade.
Pouco fora do centro urbano, comum na época de todo e qualquer lugar, quer de grandes centros como lugarejos, existiam as casas de prostíbulo. E, AREIAS DO OESTE, não fugia a essa regra. Zefa Gorda era a dona de uma casa de meretrício. Embora pouco gorda, era uma mulher considerada bonita, elegante, sabia se arrumar muito bem, considerando toda extravagância de uma prostituta da época. Comandava um número representativo de outras tantas jovens "da vida", como eram também conhecidas pelos populares. Homens de todas as idades da pequena comunidade, frequentavam esse antro. Os mais exagerados muito comentados, como os mais reservados, jamais imaginados presos naquele local.
Naquela segunda-feira, início de uma vida dura de trabalho, se reiniciava toda movimentação dos habitantes, cada um indo ao encontro do seu campo de atuação profissional. Logo cedinho a notícia correu de norte a sul de AREIAS DO OESTE, inconformadamente seu JANUÁRIO morto e assassinado. Seu corpo estendido no necrotério do campo santo. Quase todos habitantes se locomoviam para aquele local... Surpreendidos estavam pelo ocorrido, diante de um exemplar senhor da cidadezinha, pelo respeito e boa conduta. E o que seria a causa de tudo aquilo?
Para maior surpresa, ele morto por facadas quando de uma briga na calada da noite, exatamente na "Zona de Meretrício" da ZEFA GORDA! Comentários eram desdobrados rapidamente, diante dos seus familiares envegonhados, também surpresos, jamais imaginavam que o bom chefe de família viesse clandestinamente frequentar aquele subestimado antro. E... pouco mais longe logo surgiu o fato real: SEU JANUÁRIO, um velho amante de ZEFA GORDA, a mesma dona da casa das "Meninas de Vida Fácil"! Uma outra imagem do exemplar habitante daquela cidadezinha passou para uma outra página subestimada de um anterior e distinto senhor, trazendo comprometimento aos seus próprios familiares...
Como uma matéria de uma abalada manchete, o antigo carroceiro foi sepultado sob fortes comentários... Os mais críticos aclamavam a popularesca expressão: "QUEM VÊ A CARA NÃO VÊ O CORAÇÃO!"
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Fonte: PASSARELA DE CONTOS
Conto: Causos
Historiador:Prof.Roangas-Rodolfo Antonio de Gaspari-
Imagens:Títulos: "Esteio" -"Folhas Mortas"- Autor:Rodolfo Antonio de Gaspari-Prof. Roangas-