O CAIPIRA E O CAFÉ CONOSCO

Um médico após longos anos em sua brilhante carreira, decidiu comprar uma área de terras para seu descanso nos finais de semana, afinal após tanto trabalho, com tamanho profissionalismo e dedicação, merecia um pouco de paz. Escolheu uma região bem remota onde ninguem o perturbaria. Dispusera a desligar completamente do centro grande e de tanta correria. Não queria rádio nem celular nada que o perturbasse. Curtir a natureza era seu desejo.

Na área adquirida tinha um agregado, caboclo muito prestativo, mas completamente analfabeto, nunca ia à cidade alguma, vivia metido no mato sem contato algum com a civilizarão. Ficou desamparado e desesperado quando o patrão lhe comunicou a venda das terras ao Dr.

Logo que o médico apareceu para apossar sua propriedade, o vendedor o comunicou que breve o agregado deixaria sua terra livre. Quando então ele tomou conhecimento que aquele pobre homem não tinha pra onde ir com mulher e filho. De imediato mandou chamar o matuto. – Então seu moço está sabendo que esta terra tem novo dono? – Sei sim sinhô - sabia que terá que se mudar com urgência? – Que tenho qui mudá tô sabendo sim sinhô, mais é cum minha muié ca tar de urgencia num sabia não! – senhor Tem pra onde ir? – Tenho não sinhô!- E como fará? Uai dotô eu como farinha, tar fará nunca vi! Essa gente istudada tem cada coisa come cada trem ingraçado né Chico. Confirmando com o moleque seu filho.

- Pois é meu senhor... Como é mesmo seu nome? –Libório um criado as suas ordes! –É o seguinte seu Libório eu não preciso nem quero terra, preciso apenas de paz e de alguem que viva perto de mim. Essa terra é sua! Pode plantar e colher pra você como quizer, e ainda vou te pagar um valor todo mês, apenas para olhar para mim! –Uai seu dotô mode oiá puzoto precisa paga não sinhô!— Você não está entendendo... Vai continuar morando aqui zelando para mim, limpar a casa para quando eu vier! –O dotô ta brincando ou morri e tô sonhando?—Nada disso Libório é a mais pura verdade... Venha vamos conhecer meus netos e tomar café conosco!— Uai dotô café num bebo não! Mais o tar do conosco vo aceitá!Vai cê inté bão vô aprendeno usá esse trem docêis da cidade grande, mode ficá mais tualizado... Vamo Chico esse dotô é bão dimais sô!Vamo conhecê tar de conosco uai!