Uma cobra e um tiro
Meu filho querido
O preferido pra os recados levar
Vá à casa da comadre
Diga a ela que mandei chamar.
Depois do recado
Ter sido dado
De volta pra casa
Na trilha fechada
O filho querido, o preferido
Chutou sem ver, algo estranho
Olhando para trás, viu o tamanho
Da cobra jibóia
Atravessada no caminho.
O coitadinho,
Deu um tiro até sua casa
Passando por cima de cerca.
Olhar para trás? Nunca mais...
O coração parecia
Sair pela boca.
Chegando em casa o pai pergunta:
O que foi Totoca?
De tão ofegante nem respondia... Nada dizia.
Com medo e assustado
Apenas sabia
Que nunca mais queria dar recado
Se não fosse acompanhado.