Mais um causo da desastrada Isabel
O mundo gira, o tempo passa e tudo muda. Isabel, a inconformada viúva, se apaixonou perdidamente! Apaixonou-se por um homem quatorze anos mais jovem e se casou outra vez. Isabel estava se sentindo a dona do mundo, jovem, alegre e feliz... Muito feliz! Cheia de gana pela vida! Abriu com seu atual marido Eduardo, o Dudu para os íntimos, uma loja que vendia produtos importados e que recebeu o nome de Dudu da Cuca. Homenagem que ela quis fazer ao seu jovem e moderno marido, um nome que refletia bem seu atual momento. Vaidosa e sestrosa, a bela Isabel adorava se enfeitar para seu novo amor. Num dia de chuva saiu apressada da Dudu da Cuca para pegar seu banco ainda aberto, esquecendo seu charmoso guarda-chuva de bolinhas azuis. Quando transitava pela mais movimentada praça da cidade, que tinha o sugestivo nome de Praça dos Tormentos aconteceu o inesperado. Isabel para não borrar sua maquiagem, já que a chuva havia aumentado, tentou se enfiar por debaixo do imenso guarda-chuva de um velhinho que caminhava à sua frente. Mas estabanada como sempre foi infeliz na sua tentativa e uma das pontas do guarda-chuva embrenhou-se por entre seus lindos cabelos castanhos avermelhados. Isabel começou a gritar:
- ”Pára moço, pára moço, o senhor está levando minha cabeça. Moçoooooooooo”...
O velhinho, sem nada entender, olhou para trás e viu uma farta cabeleira pendurada no seu guarda-chuva e o soltou imediatamente, assustado. O vento foi levando o guarda-chuva junto aos cabelos de Isabel, até que outro transeunte o parou. O velhinho em pânico, tremendo de medo e de susto, olhou mais atentamente e só então percebeu uma mulher com as mãos na cabeça, tentando esconder uma terrível touca. Era Isabel com os cabelos presos por inúmeros grampos, sem a peruca Canecalon que foi arrancada pela ponta do seu guarda-chuva. Despida da sua imensa vaidade, maquiagem borrada pelas lágrimas misturadas à chuva! Envergonhada, Isabel recuperou sua peruca, enquanto os transeuntes aplaudiam morrendo de rir.
Esta foi uma grande lição para Isabel que daí para frente nunca mais se enfiou por debaixo de guarda-chuvas alheios, além de ter ficado neurótica com a fixação da sua imensa coleção de perucas, moda obrigatória para as mulheres vaidosas nas décadas de sessenta e setenta.
Até hoje Isabel não gosta de caminhar pela Praça dos Tormentos, pois a lembrança do fato volta nítida à sua memória, tormento que carrega pela vida a fora. Só que Isabel continua dizendo que a culpa foi do inocente velhinho... Toma tento Isabel!... Cuidado com o guarda-chuva!
O mundo gira, o tempo passa e tudo muda. Isabel, a inconformada viúva, se apaixonou perdidamente! Apaixonou-se por um homem quatorze anos mais jovem e se casou outra vez. Isabel estava se sentindo a dona do mundo, jovem, alegre e feliz... Muito feliz! Cheia de gana pela vida! Abriu com seu atual marido Eduardo, o Dudu para os íntimos, uma loja que vendia produtos importados e que recebeu o nome de Dudu da Cuca. Homenagem que ela quis fazer ao seu jovem e moderno marido, um nome que refletia bem seu atual momento. Vaidosa e sestrosa, a bela Isabel adorava se enfeitar para seu novo amor. Num dia de chuva saiu apressada da Dudu da Cuca para pegar seu banco ainda aberto, esquecendo seu charmoso guarda-chuva de bolinhas azuis. Quando transitava pela mais movimentada praça da cidade, que tinha o sugestivo nome de Praça dos Tormentos aconteceu o inesperado. Isabel para não borrar sua maquiagem, já que a chuva havia aumentado, tentou se enfiar por debaixo do imenso guarda-chuva de um velhinho que caminhava à sua frente. Mas estabanada como sempre foi infeliz na sua tentativa e uma das pontas do guarda-chuva embrenhou-se por entre seus lindos cabelos castanhos avermelhados. Isabel começou a gritar:
- ”Pára moço, pára moço, o senhor está levando minha cabeça. Moçoooooooooo”...
O velhinho, sem nada entender, olhou para trás e viu uma farta cabeleira pendurada no seu guarda-chuva e o soltou imediatamente, assustado. O vento foi levando o guarda-chuva junto aos cabelos de Isabel, até que outro transeunte o parou. O velhinho em pânico, tremendo de medo e de susto, olhou mais atentamente e só então percebeu uma mulher com as mãos na cabeça, tentando esconder uma terrível touca. Era Isabel com os cabelos presos por inúmeros grampos, sem a peruca Canecalon que foi arrancada pela ponta do seu guarda-chuva. Despida da sua imensa vaidade, maquiagem borrada pelas lágrimas misturadas à chuva! Envergonhada, Isabel recuperou sua peruca, enquanto os transeuntes aplaudiam morrendo de rir.
Esta foi uma grande lição para Isabel que daí para frente nunca mais se enfiou por debaixo de guarda-chuvas alheios, além de ter ficado neurótica com a fixação da sua imensa coleção de perucas, moda obrigatória para as mulheres vaidosas nas décadas de sessenta e setenta.
Até hoje Isabel não gosta de caminhar pela Praça dos Tormentos, pois a lembrança do fato volta nítida à sua memória, tormento que carrega pela vida a fora. Só que Isabel continua dizendo que a culpa foi do inocente velhinho... Toma tento Isabel!... Cuidado com o guarda-chuva!