BÁRBARA VINGANÇA!

BÁRBARA VINGANÇA!

Esta é mais uma história verdadeira. Que chocou todo o norte do Paraná. Não temos a certeza da data, mas foi no ano de 1978. Tratava-se um triângulo amoroso. Vamos omitir nomes para não ferir pessoas que ainda vivem. Gilberto era um rapaz muito querido. Filho de uma tradicional família que aqui fizeram seu pé de meia com o café. Como todo o rapaz, Gilberto, jogava futebol, pulava carnaval, e gostava das noitadas. Apesar de ter se casado muito cedo. Tivera um filho. Depois nasceu outra menina, que ele não chegou a conhecer. Quando Gilberto parou com o futebol, foi convidado para ser Técnico do seu time. Ele foi um brilhante técnico. Conseguiu formar uma excelente equipe. E trouxe jogadores de fora. Havia dois que foram depois, jogar no XV de Jaú, de São Paulo. Praticamente revelados pelo Gilberto.

Não sabemos como começou o namoro entre Gilberto e Cidinha. Ele casado, ela casada, com o Juca Louco. Um apelido de infância. E como toda a perfídia, começaram a se encontrar às escondidas nos arrabaldes da nossa pequena cidade. Cidade pequena como já foi dito. Não faltou gente para soprar nos ouvidos do marido o erro da Cidinha.

Juca começou a planejar um macabro plano e com a ajuda de um amigo, aquele do conto “Seqüestro”, narrado nesse cantinho. Depois de dar uma surra na Cidinha, pediu que ela marcasse um encontro por telefone com o Gilberto. Era um domingo e o Gilberto estava se preparando para ir buscar jogadores nas cidades próximas, como fazia todos os domingos. Existia uma senhora muito social. A casa dela era uma casa cheia de gente. Ali todos freqüentavam. Jogadores, jovens, etc. Era a casa da dona Marília. Foi para a dona Marília que a Cida, forçada pelo marido, ligou marcando o encontro.Doa Marília deu o recado para o Gilberto que gostava dela e imediatamente saiu para o encontro levando consigo o filho da dona Marília. Tico, rapaz que sempre ajudava Gilberto. Esse encontro foi marcado numa estrada entre Joaquim Távora e Carlópolis no norte velho. A estrada de Salto do Itararé.

Quando chegou Gilberto viu a moça perto de uma árvore, deixou o amigo no carro e foi se encontrar com sua amante. Imediatamente dois rapazes saltaram do mato, armados com revólveres 38. Para o amigo do carro nada fizeram. Isso até gerou certa suspeita na história. E começaram a bater no Gilberto até quase arrancar os seus genitais Numa espécie de Lei de Talião. Olho por olho, dente por dente. Depois deram tiros no pobre rapaz e acharam que o caso estava liquidado. Pegaram seu carro e foram embora. Deixando o rapaz agonizando. O amigo de Gilberto pegou o amigo, viu que ele tinha chances de sobrevivência e o colocou no carro. Chegando a conversar com o colega. Uma agonizante cena, um terror. Tico lembrou ao amigo moribundo, que não sabia dirigir. O ferido pediu que ele fosse no volante que ele iria trocando as marchas. A cidade mais próxima era Carlópolis. O médico da Santa Casa disse que não tinha condição de atendê-los, eles teriam que correr para Jacarezinho ou Ourinhos. Eles partiram, agora com motorista. Seguiram em frente, mas Gilberto estava muito fraco. Chegaram no hospital de Ribeirão Claro, mas o ferido já estava morto. Não suportara os ferimentos e a perda de muito sangue.

Theo Padilha, 10 de julho de 2008

Theo Padilha
Enviado por Theo Padilha em 10/07/2008
Reeditado em 10/07/2008
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