A DIREÇÃO E O SINCRONIMO DO AMOR.

 

 

 

Imaruí, SC, 14 de fevereiro de 2008.

 

 

Uma cartinha metafísica,

 

 

Querida Senhora.

 

                                  

 

Aimer c’est regarder ensemble dans la même direction”.

Este provérbio Francês, contém uma grande verdade: “Amar é olhar juntos na mesma direção”.

Realmente, nós estamos focando os nossos olhares na mesma direção.

É tão bom quando estamos voltados para um mesmo objetivo!

O que quer dizer isto?

Isto significa que estamos tendo as mesmas aspirações, e assim, também são idênticos os nossos desejos e sonhos.

A vontade de estarmos juntos é recíproca e verdadeira e, nessas ocasiões, falamos a mesma língua, a língua de nossas almas.

Às vezes, sem um preparo a priori, nós somos acometidos por um sincronismo que, segundo a psicanálise, seria uma coincidência rara, através da manifestação de desejos, palavras ou gestos em tempo real e instantâneo, tudo em função da identidade de almas.

Entretanto, esse fenômeno ainda dorme em penumbras, pois cientificamente é difícil prová-lo em laboratório, por tratar-se de um evento não-local, muito sutil e de ocorrência eventual.

Por que será minha linda deusa loirinha, que nós ultimamente estamos tendo um surto de sincronismo?

Quem sabe as nossas almas esses elementos não-físicos e sutis que possuímos, elas estejam vibrando na mesma freqüência existencial ou dentro do mesmo túnel de realidade.

Por que será que elas vibram assim em tempo real, de forma instantânea e sincrônica?

Se hoje eu não estivesse com vontade de explicar os anseios da alma, diria que esta pergunta é irrespondível.

Mas, como hoje estou tomado de um espírito universalista um tanto metafísico e filosofando um pouco, eu usarei da minha capacidade de argüir para tentar uma explicação objetiva, concisa, clara e determinada.

Quando se ama e se é amado as nossas almas se identificam, se querem e se desejam por afinidades que, para nós, ainda é um mistério.

Tudo isso porque, pois, não existe sequer um elemento nesse universo e na dimensão em que vivemos que não tenha o seu par correspondente.

Seria aqui a ocorrência do Yng e o Yang ou para ser mais geômetra ocidental, eu diria que tudo se resume em côncavos e convexos.

Tudo no universo é encaixante.

É só prestarmos a atenção nas mínimas partículas subatômicas, quando elas procuram o seu par ou a sua equivalência, por exemplo, os elétrons orbitam eternamente o núcleo.

Quando o homem em seu insaciável tecnicismo científico tenta separar o núcleo dos elétrons, provoca uma fissão nuclear que é uma violência, porque está deturpando a essência da natureza criada por Deus.

Guardando as devidas proporções, é claro, eu quero crer que sou o teu elétron, estou te orbitando meu querido núcleo, exatamente com a minha verve poética, que é carregada de energia para não desgrudar de ti, criando assim, uma equivalência emocional e quântica.

E assim, eu te transformo na minha equivalência amorosa, pois éramos átomos perdidos no universo, que agora, se encontram formando uma linda constelação de amor.

Esse poemeto é totalmente metafísico, pois hoje me acordei super energizado pelo amor.

Meu núcleo querido, por favor, deixa-me te orbitar, para que assim, consigamos transformar as nossas vidas num cosmo. (equilíbrio)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 14/02/2008
Código do texto: T858852