Confissões.
Outubro, 15 de 2024
Para aquele que já amei,
Ouça, eu te amei sim! Não, não era o planejado, mas eu te amei mesmo assim.
Honestamente? Foi bom. Foi intenso, foi demais. Erámos jovens e tudo parecia certo, viramos o encaixe perfeito, e sentimos cada segundo. Mas nos entregamos demais, fomos inocentes demais ao pensar que tudo teria o mesmo fervor, como se os segundos, as horas e os meses não fossem ter efeito sobre nós. A realidade é: o tempo chegou, trouxe mudanças. Nosso doce virou amargor com os segundos, as horas distorceram nosso encaixe, os meses iam lentante destruindo a inocência.
Eu parei de te amar lentamente, quando percebi suas mudanças. Quando você se fechou e eu parei de te conhecer, quando você não queria alguém para amar -só queria corpo e companhia. Aqueles momentos em que eu não reconhecia sua maturidade, só via manchas de desrespeito e meninice. Ou o momento em que você parou de conhecer e reconhecer a mim.
Não foi ruim, mas você mudou tanto que eu me revolto por ter me entregado a você, mesmo que você não soubesse. Me revolto pela pessoa que você está se tornando, distante de quem era. Me revolto porque não te amo mais, mas ainda me apego as memórias que tivemos, olhando no passado e desejando que fosse futuro. Não foi ruim, mas não é trabalho meu transformar um menino em um homem, especialmente ao custo do neu coração. Hoje só confesso que não te amo mais, e que até do meu apego, estou desapegando.
Confesso que te amei.
Confesso que tive esperança.
Confesso que tentei.
Confesso que me revoltei.
Confesso que desapeguei.
Confesso que sangrei tanto nessa carta, que já te deixei ir.