CARTA DE AMOR – 3

Amor, a aproximação do ano novo levou-me a relembrar o acaso, ou não, que cruzou nossos caminhos.

Relembrei um por um dos contatos que mantivemos palavra por palavra que trocamos. Revi as dúvidas que me assaltaram e a ti também; os receios que tomaram conta dos meus pensamentos e igualmente dos teus; a luta por não querer admitir te amar, assim como também fizestes. Às vezes que achastes que eu mentia e eu idem em relação a ti.

Ainda não te conheço por inteiro, mas sabes mais sobre mim que eu mesma. Não sei como és realmente, ao vivo e a cores, teu rosto, teu sorriso, teu olhar, tua voz; mas devo confessar penso muito em todo este conjunto.... penso muito em ti.

Não posso, e nem devo, mentir para ti, prometemos dizer a verdade um para o outro, mas ainda resta em meu peito o receio de uma decepção, que tento colocar de lado, esquecer que está ali.

É uma briga que mantenho comigo mesma a todo o momento: querer-te, desejar-te, sonhar contigo e ao mesmo tempo dizer a mim mesma que só posso ter estes sentimentos no dia em que nos vermos frente a frente; no dia em que puder olhar diretamente em teus olhos.

Peço-te perdão, meu amor, por estas palavras que escrevo, mas já foram tantas as decepções que desfilaram em minha vida que tenho que me proteger de alguma forma. Podes me entender?

Dizer que existe amor por ti é o presente de Ano Novo que entrego em tuas mãos.

Este presente será desembrulhado, o lindo laço da verdade será retirado e então aparecerá livremente, quando estivermos pertinho um do outro, este sentimento que nos aproxima.

Feliz Ano Novo, meu querido!

Beijos carinhosos da tua

Rosinha

26/12/2007