Inexorável amor
De ti eu soube, no passar dessa existência, mesmo quando as dúvidas
assolavam minha demência e eu, perdido, não cansava de esperar...
era tamanha a tristeza, mas pequena a vontade de lutar. Bem sei
que tu não entenderias todos os erros que cometi, nas vezes em que
sozinho, sem ter onde me apoiar, despenquei pelo abismo no desatino
da agonia. Era meu pensamento noite e dia, direcionado nessa tua
ausência. E tantas vezes me pediste paciência...
não há mesmo o que perdoar quando o que foi feito não é desfeito e,
tampouco refeito fica o coração despedaçado. Fui cruel, desesperado,
cansado de esperas que nada trouxeram.
Foram tantos os desejos insatisfeitos, nesse descabido romance cheio
de defeitos, que pude entender que os sonhos que tinhas estavam
longe de ser os que comigo vieram...