Nova rainha

Deu se um dia o adeus tardio e entristecido,que por sua vez já era de esperar.

Mesmo que ainda houvesse um querer aflito...

Perante o tempo ruimos e nos deterioramos.

O zelo e o amor possessivo foram aos pouco derrubados,como num castelo de cartas soprado ao vento.

Tal qual me trouxera tua presença raras vezes ,de forma rascante como num vinho barato.

Desses que se bebe e se regurgita.

Em meio a ressaca de tua presença,deparei-me com a realidade que era fedida como uva podre.

Cheiro que não há de se suportar.

Então soprei para longe de minha vida.

E neste belo instante cresci e criei raízes,dei flores e espinhos.

Fui podada pelo tempo ,amarrada e replantada muitas vezes.

O tempo em ti me apagou, e nesse murmúrio te ensinou a reconstruir novo castelo de cartas.

A rainha dentro dele não era um às de espadas .

Era um às de copas .

Enfim o vento e tempo lhe soprou para o naipe da rainha certa.