Carta de amor...
Para alguém que eu nunca vou esquecer...
Achei a sua carta no fundo de uma gaveta poeirenta. Aquela carta apressada, mas tão cheia de sentimentos, que você me escreveu despretensiosamente, em uma folha qualquer de caderno, num momento de SIM...
Já faz tanto tempo, mas meu coração acelerou descompassado como no exato instante que li aquelas palavras pela primeira vez. Fico pensando em como eu esqueci esse tempo todo da existência dela. Não é só um pedaço de papel que representa um passado remoto. É uma parte dos nossos corações fundidos por um átimo eternizado.
Agora eu escuto Hello Goodbye, dos Beatles explodindo de tanta saudade. Não tem música que melhor represente os nossos encontros e desencontros. O teu SIM, o meu NÃO. O teu NÃO, o meu SIM. O teu OLÁ, o meu ADEUS, o teu ADEUS, o meu OLÁ...
Algumas coisas tornam-se insignificantes e o tempo apaga. Outras, adormecem para que a gente, de certa forma, esqueça e não sofra. Outras, diminuem a chama, mas o fogo nunca apaga. E, mesmo que você não saiba (e talvez realmente nunca saiba), é a tua chama que me aquece e me sensibiliza.
Até quando vou ter que conviver com uma parte de mim perdida em algum lugar distante? Talvez, para sempre...