AOS MEUS AMORES...
Quando vocês nasceram, a alegria chegou chorando...
Ser tão pequenino, tão perfeito!
Com certo receio de machucá-los, aos poucos fui aprendendo a cuidar de vocês, e, caso o silêncio se fizesse presente era tão preocupante. Então, meus olhos acompanhavam a respiração calma do sono. Só assim eu relaxava.
Nas festas de aniversário, quanta bagunça gostosa nós fazíamos, e a máquina indiscreta, guardou as fotos que hoje eu molhei com uma lágrima de saudade.
Na correria da vida, no relógio sempre cobrando os minutos, nem por um segundo deixei de pensar em vocês; o tempo passou tão rápido...
Quem brincava com carrinhos de bate-e-volta, hoje brinca de dar voltas com uma ‘gatinha’ em seu carro; também aquela casinha de brinquedo logo se transformará em ‘brinquedo’ de casal...
Sei que vocês, meus filhos, não são mais meus... Nasceram de mim, mas são livres e logo irão voar...
Peço a Deus que guie suas asas onde quer que possam ir e que elas sejam barulhentas o suficiente para que eu possa ouvir o seu farfalhar, e então, saberei que são meus filhos-anjos voando.
Daqui, do meu cantinho lhes abençoarei...