Por uma vaga na Academia

A Academia Brasileira de Letras (ABL) é a maior instituição da literatura nacional e referência para o mundo; está localizada na cidade do Rio de Janeiro capital do Estado com o mesmo nome; foi fundada em 20 de julho de 1897 por um grupo de escritores e intelectuais, e teve como primeiro presidente o escritor Machado de Assis.

A sua fundação foi inspirada nos moldes da Academia Francesa. Ou seja, é composta de 40 cadeiras, com 40 membros efetivos perpétuos considerados imortais e de 20 sócios estrangeiros correspondentes, sendo que 25 membros, no mínimo, devem morar no estado do Rio de Janeiro. E só quando falece um membro efetivo é que se abre uma nova vaga para um novo membro, que passa por uma avaliação e eleição, em que é preciso ter no mínimo 20 votos a favor, que é a metade dos votos de 39 membros mais 1.

Dentre os objetivos da ABL está o cultivo da língua portuguesa e enriquecimento da literatura brasileira, editar obras de valor histórico e distribuir prêmios literários. Ser membro da ABL é o sonho de todo escritor, poeta e intelectual. O requisito na escolha de um membro não é o mesmo ter muitos livros publicado nem ser famoso, mas ter um trabalho literário notável, diferente, que contribua para o enriquecimento da literatura.

Com o passamento do Acadêmico Affonso Arinos de Mello Franco, em 15-03-2020, aos 89 anos, ocupante da cadeira número 17, que fora eleito em 22-07-1999 em substituição a Antônio Houaiss, abriu-se uma vaga e, por conseguinte, uma corrida à ABL. Após ser declarada oficialmente a vacância da cadeira numa sessão de saudade o candidato tem o prazo de 60 dias para se inscrever, e após 30 dias ocorre a eleição. Então, pensei comigo mesmo, por que não ser candidato se estou na estrada há 30 anos e só tenho que enviar uma carta com um currículo e alguns livros para avaliação. Eis o teor da carta:

Goiânia, Goiás, 20 de março de 2020

Prezado Sr. Marco Lucchesi, presidente da Academia Brasileira de Letras,

Alonso Rodrigues Pimentel é o meu nome completo e artístico, ou que assino os meus livros e outras publicações. O sobrenome Rodrigues Pimentel é advindo de minha avó paterna Donatila, que criou os seus 06 filhos sozinha trabalhando como costureira de roupas de algodão. Mas, algumas pessoas me conhecem por Alonso Rodrigues ou Alonso Pimentel.

Nasci no dia 13 de agosto de 1960, em Mimoso de Goiás, outrora distrito de Niquelândia. Mimoso está localizado no entorno de Brasília e conta atualmente com uma população em torno de 3 mil habitantes, e faz limite com os municípios de Niquelândia, Padre Bernardo, Água Fria de Goiás e Vila Propício.

No ano de 1971, vindos de Pirenópolis e Anápolis, respectivamente, mudamos para Goiânia. Já morei 01 ano em Brasília, 15 anos em Rio Verde, e 01 ano em Santa Helena de Goiás. Em 20 de janeiro de 1981 ingressei na Polícia Militar de Goiás, com o cargo de soldado. Em 1986, troquei a Polícia Militar pela Polícia Civil, por ter o cargo de Agente de Polícia. E em 1991 bacharelei-me em Direito pela Universidade de Rio Verde.

Em 30 de janeiro de 1990, publiquei a minha primeira crônica em jornal intitulada O governo Sarney; em 1995, publiquei o meu primeiro livro de poesias sacras com o título Caminho de Luz; em 2002, publiquei o meu primeiro livro de poesias amorosas com o título Aliança de Amor, e em 2009, publiquei o meu primeiro livro de frases com o título O Mundo é Uma Escola. Tenho 22 livros publicados, sendo 06 de poesias sacras, 12 de poesias amorosas, e 04 de frases; e participação em 02 coletâneas da editora Recanto das Letras.

Desde o ano de 2008 que publico os meus escritos em sites na internet. Tenho uma página no website Recanto das Letras: www.recantodasletras.com.br/autores/alonsopimentel, desde o ano de 2009, com mais de 3 mil publicações e 155 mil leituras. Tenho, ainda, desde o ano de 2013 um blog: poetaalonsopimentel.blogspot.com, com mais de 1400 publicações e cerca de 40 mil visualizações.

Não sonho em ser famoso, ter privilégios na hora de ir e vir nem ser assediado pela mídia e fãs, porque é tudo passageiro. Sou amante da literatura e estou sempre aprendendo, ninguém nasce sabendo; e o que aprendi, escrevo em forma de poesia ou prosa. Assim como todo escritor e poeta, almejo ser reconhecido por meu trabalho literário e, assim, representar a minha parentela, os meus amigos, a minha cidade natal e onde resido, Goiânia, e o meu estado de Goiás.

Meu objetivo é ser membro desta casa de decanos da literatura, entidade máxima das letras brasileira, que tem como objeto edificar a literatura, educação e cultura do Brasil. Para quem escreve é uma honra ser imortal, ser lembrado para sempre nos anais da literatura brasileira. Destarte, sou candidato a ocupar uma cadeira nesta conceituada Academia de Letras do Brasil.

Cordialmente,

Alonso Rodrigues Pimentel

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 14/06/2020
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