Viagem ao Espaço nunca Mais

Por volta dos idos anos de 1970, o homem foi à Lua. Mais tarde, na era daquele que viera ser aclamado megalomaníaco e ex-detento, um brasileiro, um americano e um russo às expensas dos muitos milhões de dólares do erário público, foram ao espaço e trouxeram de lá um grão de feijão germinado, o qual os tripulantes da nave disseram que há vida além conhecimento humano.

Grande e valioso toco de merda empurrado no bucho da massa. E o intelectual ou asno atual que duvida e acha o feito de altíssimo valor científico / humano, bota a cara pra fora da janela, retire a máscara e nem precisa respirar fundo, apenas respire; e o coração saberá quanto vale uma dentadinha do Corona em seus pulmões. Saberá com quantos pregos e tâbuas o carpinteiro faz uma mala de 4 alças metálicas e quantas pazadas o coveiro abre o endereço fixo do ousado. Aí, viagem ao espaço, nunca mais. Sobretudo, viajará para o centro da terra, emporcalhando e contaminando com chorume, os lencóis freáticos.

Mas antes, se for ou não gente boa, doador de órgãos, comunique a família para encomendar o passaporte e a passagem só de ida. Esse sim, é feito que faz e conta para a humanidade. Passe o tempo que passar, será lembrado e estudado; pois humanistas sobrevivem das tragédias e guerras.

É muito derrame de dinheiro e politicagens, mais ainda, ciência, para nada de eficácia. O que somado ao futebol, é isso que a massa quer, é isso que o povo, gosta.

A Redenção Imunizadora

Em situações como à que o Planeta atravessa, é que damos conta da capacidade de criação humana.

Em um dia desses de vazio oco, depressão, isolamento e distanciamento até entre irmãos biológicos e pais. encontro um senhor abraçando o poste de energia. Parei e fiquei espiando. Abraçava e dava uma volta no sentido horário e outra no sentido anti-horário ao redor; e abraçava-o, novamente.

Cheguei de mansinho e curioso que sou, perguntei o que seria àquele, estranho ritual. Com a mão, o senhor gesticulou, pedindo que esperasse um pouquinho. Prontamente e pacientemente, atendi.

Daí à pouco, talvez uns 15 min, virou ao meu encontro e disse: "no momento de sua chegada, eu estava na octagésima volta, das 100 que manda o ritual diário".

- ué, mas para quê, se só vi o senhor dando volta ao redor dele.

- foi eu juntamente com o Velho Muta, quem escrevemos, cuja finalidade é combater esses dias de trevas. E cada sessão é composta de 100 rodopiadas, 100 abraços e 100 orações: Santo Poste, querido e iluminado Poste feito de concreto, sua força vem das pedras e rochedos; e sua energia vem das águas transformadoras. Dos fios emendados, vem a luz do discernimento e sabedoria, dádiva que todos nós precisamos para superar esse momento difícil e tribulado que passamos. Da mãe Terra, emerge a sua altivez e isolamento. Dai-nos saúde plena, livrai-nos das comorbidades, as quais nos põe no grupo de risco, elevai nas alturas a minha imunidade, divino e adorável Poste de Luz. Amém".

Para encerrar, faça o sinal da cruz com a ramagem benzida pelo Santo Padre (foi provado que no Domingo de Ramos o trabalho é mais eficaz) no corpo 100 vezes e estarás forte, energizado e iluminado contra a praga que assola o mundo. Não suporto mais ouvir falar nela e na doença causada por ela. Boa saúde para você! - e foi andando.

Esperei ele sumir na curva e iniciei o processo. Uma, duas, três, e por não acreditar nessas coisas místicas, estilo Mãe Diná, parei. No entanto, repassei o ensinamento para o meu vizinho, que não pensou duas vezes.

Uma, duas, três..., dez...;

de modo que na vigésima, despencou uma chuva eletromagnética que Deus mandava. Junto com ela, raios e trovões. Relâmpagos de fogo incineravam o horizonte. Num deles...; o resto é exatamente o que pensastes.

Querem me levar ao pé da toga longa do juíz. Pergunto: que culpa eu tenho, se a vida inteira fui prestativo, solícito e o que faço é ajudar os mais necessitados, pobres, deprimidos? Todo dia sai uma nota da OMS, contabilizando 80-100 mortes por esse encosto planetário.

Repetindo e repassando o ritual do Guru Sá Pato com sola, penso que diminuirei o número de mortes pela Covid-19. Por favor, passe a corrente pra frente.

A alfabetização é prejudicial ao brasileiro: com instrução, ele na certa não quer mais puxar o arado. E passar pensa só em leis, quarentena e aposentadoria.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 23/04/2020
Reeditado em 23/04/2020
Código do texto: T6926053
Classificação de conteúdo: seguro