Tentativa
Mesmo fragilizada, sem forças para escrever a ti, abro meu notebook e abro meu e-mail, na tentativa, talvez frustrada, em te escrever.
Olho ao meu lado, me sinto só. Totalmente sozinha. É um vazio que doi, e corroi a minha alma. Não consigo acreditar que tudo se transformou em nada.
Ah se eu soubesse que seria assim, eu não teria levado tão a sério, não teria chegado tão longe, por tão pouco.
A alma dói. Dói para respirar, dói para sentir a existência.
Por que o amor é despertado se no final, ele trará dor?
Por que o amor é tão frágil?
Por que nos fragilizamos perante o amor?
Tantas perguntas sem resposta. Tantas respostas procurando perguntas, e eu sigo aqui, perdida, com o e-mail aberto, sem saber o que escrever.
Tento fechar o notebook, mas não posso. Eu preciso escrever. Preciso me despedir. Preciso me libertar!
Eu olho ao meu redor, e me sinto abandonada. Como um cachorrinho que caiu do caminhão de mudança e não sabe o que fazer. Assim estou! Com medo do desconhecido. Com medo do futuro. Com medo de tudo.
25 de março de 2020.
21h32