Uma carta ao meu pai

Muitas vezes, quantas vezes, várias vezes...

Nós somos como carne e unha, mas, nunca tivemos tempo ou coragem para conversar...

A libra da minha vida se desequilibrou por falta de conversa, eu sempre achei lindo a amizade de pai e filhos, mas, eu sempre tive medo de dialogar, medo por causa da reação e foi isso o que aconteceu, medo de falar...

Eu nunca tive a intenção de fazê-los infelizes, sempre os respeitei, embora às vezes eu entre em atrito com minha mãe... Eu sempre a amei... Mas ela não sabe disso, e, mais que tudo ainda, eu te amo demais...

Mas eu cresci, ou, não, sei lá...

Não sinta vergonha por alguém encontrar a felicidade, não ligue para o que os outros vão falar, não pense que serei presa, pois, não vou ser, nunca fui, nunca serei, o que os outros pensam sobre mim não importa, o que me importa é o que vocês acham sobre mim.

Sei que ninguém é perfeito, Eu não sou perfeita, todos um dia na vida erram, errei sim, confesso... Não me arrependo de nada do que fiz, apenas de ter te deixado triste e com vergonha. Não sinta vergonha de mim, te peço...

Eu sempre lutei com o senhor... Sempre te ajudei... E sempre fui ajudada pelo senhor... Te agradeço muito... e vou continuar ajudando... Se o senhor quiser...

Espero que logo mais o senhor aceite conversar comigo... Se for do agrado do senhor....

Te amo pai... Te amo

Flávia Ferreira
Enviado por Flávia Ferreira em 21/10/2019
Código do texto: T6775334
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