Ode à Vitória

Você pintou amor nas janelas de meu crânio e talvez por isso sua saudade seja a que mais doeu. Seu cheiro doce sempre impregnou meu moleton e meus sonhos e como uma criança volto pra casa na esperança que ele nunca se vá, que você nunca se vá.

Embora tenha dito que nunca mais escreveria sobre amor, eu senti tanta falta, seu enorme coração nutriu minha alma e toda sua personalidade, jeito, gostos e suas totalidades de coisas incríveis nutriram meu ser.

Quando meus sentimentos morreram você esteve lá, sinto muito que não tenha feito exatamente o mesmo por você, embora isso, cada detalhe e toque não morreram, talvez carne procure mais do que carne e quem sabe um cerne universal de ilusões de um amor eterno? Saiba que já é eterna em meus versos, não como uma mancha estática de cloro em seu jeans. Porém como deve ser, como uma constante transformação e renovação que nunca é destruída.

Nem mesmo em minhas noites viradas de surto ou em todos meus amores pude sentir algo mais forte do que quando seus dedos acariciaram meu cabelo. Em plenos pulmões e consciência quero gritar toda minha emoção soberana sobre você. Não quero te perder de novo, não quero me perder de novo.

E como deveria ter dito desde o início, eu te amo...