Sobre partidas
Ouvi um dia que cada pessoa que passa por nossas vidas deixa um pouco de si e leva um pouco da gente. Achei poético e um pouco triste.
Comecei a pensar o que aconteceria se essa pessoa fosse embora em definitivo, se deixasse muito dela e partisse sem poder levar nenhum pedacinho da gente.
Se fosse naquele tipo de viagem que todos um dia irão fazer. A viagem que a gente se prepara a vida toda, mas ainda assim consegue nos pegar de surpresa.
Esse é o tipo de partida que por mais que a gente tente se preparar, não deixa de doer de uma forma que parece que dilacera os nossos corações. Mas eu sei e você sabe, que essa dor significa que o amor por quem nos deixa é tão forte que sentir falta é um eufemismo.
Esse amor não morre, não vai embora, ele só muda de estado. Não dá mais para sentir com o tato, mas ainda sentimentos com o coração.
Se despedir não deixa de ser doloroso, mas com o tempo percebi que eu estava errada, nós deixamos marcas em todos que passam por nossas vidas, e essa marca não some por nada, porque o amor é imaterial. Sentimos no nosso coração e na nossa alma, e graças aos deuses, a nossa alma é imortal.