Pedra do Indaiá, 26 de março 2006.
 
                        Caro amigo ANTÔNIO DIAS.
            Saí a PASSOS largos de onde nasci e fui morar com minha avó DONA EUZÉBIA de OLIVEIRA. Sua casa tinha um quintal todo FORMOSO, do qual emanava muita LUZ. Grandes árvores frutíferas como MANGA, GOIABEIRA, PEQUI. Lá, me perdia em pensamentos olhando o BELO HORIZONTE, admirando as aves que sempre vinham ali: PAPAGAIOS e PERDIZES. Nos fundos, um riacho repleto de LAMBARI, PIAU. Tinha até um desconfiado tamanduá a comer toda FORMIGA. Assustava-se com frequência e corria RIO ACIMA. Do alto de uma árvore, avistava a PONTE NOVA com seus FERROS retorcidos, cujos reflexos me intrigavam com EXTREMA surpresa.
            Lembro da CAPELINHA da santa MARIA DA FÉ , da mina de ÁGUA BOA e CRISTALINA que muita gente tomava. Um dia encontrei o louco JOÃO PINHEIRO com um MACHADO empunhado, caminhando depressa em direção aos CARVALHOS próximos à CASA GRANDE. Sentindo-se DESCOBERTO, atravessou a PORTEIRINHA pedindo mil PERDÕES por ter entrado sem pedir licença. Lembro que ele usava um colar de OURO BRANCO com pingente de MOEDA. Era um homem BUGRE, despediu-se de forma breve. Clamei por SANTO ANTÔNIO DO AVENTUREIRO que me protegeu do perigo que corri por ali.
            De volta ao meu canto, coração acelerado, saí por detrás da MATA VERDE, estava um pouco atordoado. Vários TOMBOS eu levei. Não ria de mim amigo.
            Com saudade me despeço e te desejo BOM SUCESSO na vida.
 
                                   Forte abraço,
                                                           ASTOLFO DUTRA.
 
Wallace de Oliveira – 2º A 2019
Gênero: Carta pessoal com nomes de cidades mineiras.