Eu não acredito em você.
Você passa e perpassa o contar das horas antigas.
Seus olhos dizem uma infinitude de maneiras as mesmas coisas que digo com a boca.
E nem seus abraços compridos podem fingir,
o que você luta em dizer calado.
Você prende na cabeça fórmulas mágicas que insistem em negativar nossa soma.
Não há canto no quarto que corrobore esse seu achismo barato e cheio de dor.
E nem a sua fé cabe no sorriso,
que pensei ser para mim.
Você toma as canções como notas conhecidas de sabe-se lá o quê.
E nem meus versos desconexos podem nos salvar...
Sua fé em nada é tão tola que nos engole.
E me quebra, me parte, e vai embora.
Não acredito no que você insiste em negar, mas aceito.
Aceito.