A quem importar

Natal 10 de setembro de 2010

A quem importar

Já não me importa aquilo o que suportar. Pra entrar em minha vida, fechei a porta.

E eu procurei respostas pra tudo e me fiz de vitima do mundo, de vilã de racional do absurdo, fui ao fundo do poço até perceber que ir a fundo era demais profundo.

Fui infiel a mim mesma na alegria e na tristeza só pra perceber que ser triste era minha única certeza e eu não enxergava a beleza e você me mostrou o belo e o feio, me fez provar o doce e o amargo, me encheu de dúvidas, e receio me aprisionou no teu estranho passado

Saí de casa logo cedo em busca de algo que nem eu mesma entendia. Dentro de mim não existia mais nenhuma forma de sonho, eu já havia transformado em pesadelos. Era tanto medo de te perder, que acabei me perdendo no medo (e já nem era segredo). Eu estava presa em ti desde aquela tarde de um mês já esquecido, ou até antes disso e nem sabia. A partir daquele dia seria minha missão de vida...ou minha eterna agonia.

Maria Tecina dos Santos

Lisboa, 10 de novembro 2018

Maria Tecina
Enviado por Maria Tecina em 31/10/2018
Reeditado em 17/11/2018
Código do texto: T6490921
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