Reflexão

E cá estou eu novamente nessa minha ausencia de personalidade, tentando decifrar o por que de tanta falta de vontade, ou por tanta vontade de sentir falta, nem sei mais.

E cá estou eu pensando em você novamente, nessa minha vidinha monotona, você é o diferente e insiste em não ser nem um pedacinho de mim.

Quem era aquele que se mostrou na penumbra de um comodo qualquer?

Quantos rostos você consegue ter? Mil, dois, quem dera fossem apenas o meu e o seu.

E olha só para o futuro e tenta imaginar o que seria de mim se você nunca tivesse me achado.

Hoje, mais mulher, sei o que é saudade, sei o que é amor e sei o que é mágoa, e olha que tudo isso com você...

Meu sorriso já não se solta como antes, minha voz já não canta aquelas mesmas canções de amor, minhas frases, nem todas, mas a maioria sai forçada, pensada, e muito repensada.

Não pode e não deveria ser assim, tento ser espontânea mas algo saiu de mim, e desse pouco que ficou a idade encobriu a criança, escureceu a mulher, para que talvez a senhora que veja depois, possa se dar conta de tudo o que viveu.

Minhas mãos cansadas de tanto tentar encontrar as palavras certas nesse teclado, minha memoria não falha em relação a nós, ao contrário me traz tudo nos minimos detalhes e isso é bom...

Como você mesmo dizia é saudável, mas é saudável sentir a falta de alguém assim? É saudável se martirizar dessa maneira, será saudável querer alguém tão perto a ponto de ir buscar se for preciso???

Perdi a inspiração nesse ponto, como continuar agora??? Como pretender voltar a ser completa se minha vida nunca foi tão completa como quando estavamos caminhando lado a lado.

Você pode até dizer que foi melhor assim ou que pra mim não foi do mesmo modo que pra você ou vice e versa.

Estranho a quanto tempo não ouvia a musica que chamei de nossa até agora, ela me trouxe a inspiração de escrever pra você e te dizer como as coisas estão.

E olha depois de tanto tempo não, depois de tanta confusão, tantos encontros e desencontros sei lá aconteceu e foi otimo.

Essa é só uma carta como outra qualquer, traz um pouco de mim e de tudo o que senti, de tudo o que levei, de tudo o que guardei de nós e que agora pretendo te dar de presente, pois não me pertence mais...

A você com todo carinho que pode haver...

Nathalya Etchebehere
Enviado por Nathalya Etchebehere em 11/09/2007
Código do texto: T647851
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