Carta para Julieta
Vá para a casinha agora! Senta! Fique quieto!
São coisas assim que eu escuto quando ouso a ouvir sua voz.
Que tipo de casal estamos nos tornando?
Ao mesmo tempo que você me quer, você insiste em fazer perguntas retóricas, como: O que você quer de mim?
Isso soa muito estúpido.
As suas patadas de manhã ou no final da tarde...
Estou me acostumando a elas.
Sim, eu decorei o seu nome porque ele já está tatuado em meu peito. (Que clichê literário, não é mesmo?)
Você questiona o fato de eu ter uma memória boa sobre todos os momentos que passamos juntos, e me acusa de perseguição só pelo fato de eu manter lembranças nossas. QUAL É O SEU PROBLEMA, for God’s sake??
Quando eu falo que você guarda rancor de um passado que eu não faço ideia, porque você faz questão de me manter fora de tudo que se refere a sua vida antiga, eu falei sério. Você não percebe porque isso está cravado na sua nova personalidade.
Não sou detetive, não sou mago, não sou vilão.
O seu medo diz muito mais sobre você do que sobre eu. Consegue entender?
Que tipo de pressão você diz que eu faço só pelo fato de eu querer um pouco mais de você?
Às vezes penso que sou um gado marcado, porque sinto necessidade de ser seu, de te seguir, de ouvir seus comandos. Fico fraco sem ter um elo com você.
E por capricho de uma garotinha de 14 anos, é bem capaz que você consiga.
Só me diga uma coisa, o que você faria com esse elo quebrado? Conseguiria arrotar as poluições da sua mente em outra pessoa que não fosse eu?
Boa sorte meu amor.
Sugestão de música: Even though our love is doomed - Garbage