NÃO CONSIGO ENTENDER-ME ANTES DO ENTENDIMENTO
Ao iniciar esta singela e humilde carta, meu coração anda meio tonto com a situação vivenciada ultimamente, é que por uma pequena e insignificante não gravação dos fatos digitados no computador, quase fico sem os meus poemas, minhas músicas, meus cordéis, seus segredos. Estou neste exato momento, 01h39 de garra de uma tela e descanso apenas para escrever esta simples carta.
Quem receber possa compartilhar comigo o conselho que dou: Tudo que fores digitar, deixas nos teus arquivos, é claro, mas leva-te contigo aos e-mails para não acontecer o que aconteceu comigo. Gastei uma nota para botar fonte, hd e placa. Não adiantou. Coloquei porque preciso ter um computador comigo. Gosto destes que ainda possuem grandes telas, igual ao meu. Pois é, para recuperar o meu hd é uma sifra alta diante do gasto que tive com a compra destes três periféricos e ainda por cima o pagamento ao técnico. Uma loucura. Puto comigo mesmo por não ter feito o que antes eu fazia. Deixei, deixei e deixei. Mas isto não vem ao caso. Não sofra comigo. Dê um riso de alegria porque ainda eu tinha algo importante, não salvo, mas imprimido. O problema é que preciso digitar e isto leva um tempo. O tal orientador de mestrado não quer saber disso não. Quer o material para amanhã. É verdade. Fazer o quê? Digitar e digitar, heis a questão. Quem manda fazer o que eu fiz sem medir as consequências? Agora meu amigo pague as dívidas desta loucura em perder os seus arquivos e ter que digitar tudo, se quer de fato recuperar.
Agora eu peço licença porque estou com um sono da bexiga taboca e preciso dormir para daqui a pouco acordar com muita força e voltar a digitar, digitar e digitar, recuperar, recuperar e recuperar. Não tem o que esperar é fazer e pronto.
Ao ler esta carta lembra-te que também penso em ti. A saudade invade meus sentimentos e sou feliz e viva as fontes, os hds e as placas que são mães.
BENTO JÚNIOR
João Pessoa-PB, 10 de abril de 2018.