TEUS OLHOS INFINITOS...

Em 15/02/18 às 19:05 hs

Meu Amor, Minha Margarida...

Sinto Saudades.

Penso no seu olhar, das tuas bordas castanhas, às vezes verdes...

Não sei se chego, se falo ou se me calo.

Deixo o tempo fluir, dou tempo ao seu tempo, seu espaço, por fim ao teu coração.

Te sinto todos os dias e horas, sinto teu coração tão distante do meu...

Hoje as palavras saem tristes, arrastadas e quase sem fala, chamo teu nome baixinho...

Te chamo e te grito em meus pensamentos...

Saudades...

Tenho tantas saudades e tanto amor guardado neste peito...Tanto amor por ti.

Está frio, o tempo está frio, não mais que em meu coração no dia de hoje; pensando em palavras, em distância, em ofensas ditas, pensando nos medos, na coragem, na paixão lançada.

Em dias como estes, penso cada vez mais forte no teu abraço, nos teus gestos de carinho, nas tuas mãos...como tua mão me faz falta, assim, como sua voz e tuas palavras de carinho, estes teus olhos infinitos...

A solidão sussurra baixinho em meu ouvido, o medo de perder tuas palavras, teus sorrisos, tua amizade, teu carinho, tua paixão e teu amor.

Sinto falta de quando assinavas:- Tua Loura...

Sinto falta daquele beijo no céu da minha boca...

Como os versos de Pablo falam: - A noite está estrelada e ela não está comigo. Meu coração a procura e ela não está comigo.

Busco recordações nas memórias tão recentes, busco uma lágrima que lembre todos os teus sorrisos.

Há momentos que nos perdemos em nós mesmos, de tanta tristeza, de tanta solidão, nos perdemos em nossas dores e arrependimentos, em atitudes que não podem mais ser revertidas...

Tenho Saudades da tua respiração, enquanto dormíamos juntos, ainda que distantes. Tenho saudades do calor, tenho saudades do chamego, tenho saudades do teu coração...

Será que ainda compartilhamos o mesmo céu, os mesmos pensamentos de amor?

Quanto maior o silêncio de minha boca, maiores são os gritos de uma saudade infinita, de uma saudade da paz do teu colo...

Sinto saudades da tua boca, do teu perfume, do teu cheiro, das tuas cores, de todas suas cores...

Saudades do raio de sol dos teus cabelos iluminando a minha vida, da tua alegria feito estrelas piscando no céu.

Amo - Te com todo meu amor, com todo este coração, que erra, com esta cabeça que não raciocina quando estamos por um fio, amo -te entre razões e emoções que só você, me faz viver...

Sinto saudades da minha mulher menina, sinto saudades do nosso crescimento, do nosso aprendizado, sinto saudades de tudo...

Meu coração Te Ama de um modo absoluto, de um jeito absurdo...

Que Roda Gigante de nossas vidas, gire mais lenta, em paz...e que um dia estejamos ao alto, sem descida...

Que a Luz te proteja em mais esta noite e mais outro dia, outros dias...e mais dias.

Saudades dos Teus Olhos Infinitos...

https://www.youtube.com/watch?v=Jp4C-fgsy8k

Poema Vinte - Pablo Neruda

Posso escrever os versos mais tristes esta noite

Escrever por exemplo:

A noite está fria e tiritam, azuis, os astros à distância

Gira o vento da noite pelo céu e canta

Posso escrever os versos mais tristes esta noite

Eu a quis e por vezes ela também me quis

Em noites como esta, apertei-a em meus braços

Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito

Ela me quis e às vezes eu também a queria

Como não ter amado seus grandes olhos fixos?

Posso escrever os versos mais lindos esta noite

Pensar que não a tenho

Sentir que já a perdi

Ouvir a noite imensa mais profunda sem ela

E cai o verso na alma como orvalho no trigo

Que importa se não pode o meu amor guardá-la?

A noite está estrelada e ela não está comigo

Isso é tudo

A distância alguém canta. A distância

Minha alma se exaspera por havê-la perdido

Para tê-la mais perto meu olhar a procura

Meu coração procura-a, ela não está comigo

A mesma noite faz brancas as mesmas árvores

Já não somos os mesmos que antes havíamos sido

Já não a quero, é certo

Porém quanto a queria!

A minha voz no vento ia tocar-lhe o ouvido

De outro. será de outro

Como antes de meus beijos

Sua voz, seu corpo claro, seus olhos infinitos

Já não a quero, é certo,

Porém talvez a queira

Ah! é tão curto o amor, tão demorado o olvido

Porque em noites como esta

Eu a apertei em meus braços,

Minha alma se exaspera por havê-la perdido

Mesmo que seja a última esta dor que me causa

E estes versos os últimos que eu lhe tenha escrito.

Letras Solitárias D: J

Letras Solitárias
Enviado por Letras Solitárias em 15/02/2018
Reeditado em 15/02/2018
Código do texto: T6254904
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