Caros amigos, saudações.

Venho por meio desta, visto que se faz necessário, dar conta das minhas impressões, da melhor forma que puder.

Não tomem nota da minha pouca destreza, mas espero que o relato fale por si só. Desde à primeira vista, notei quão capital seria deixar-vos a par destas novas.

Aos seis dias do mês de julho do ano de dois mil e treze, à noite, avistei, ao que parecia, uma imagem natural,

Mas que, quanto mais divisava, entendia haver algo díspar.

Ao longe, as sombras projetadas, ocultavam as linhas e os traços, indefinindo minha visão. Nestes primórdios instantes não havia clareza.

A brisa a qual decorria em meio àquela noite, ao que parecia trivial, apresentava um adocicado bálsamo. A beleza do lugar tinha uma tamanha harmonia que jamais testemunhei em minhas andanças.

Como numa visão divina, algo como uma luz que descia direto do céu e pairava sobre o objeto de minha observação, enquanto me aproximava, dando-lhe nitidez e ofuscando o que havia à sua volta.

De cor parda, olhos grandes e brilhantes, lábios belos que, quando semiabertos, deixavam amostra um sorriso perfeito.

Era graciosa! A mistura da beleza com exótico e simplicidade. Uma surpresa;

E virou certeza!

E assim foi por três longos e primorosos anos; banhados no que há de mais puro e afável, ao menos era o que aparentava.

Em vinte de janeiro de dois mil e dezoito, certeza e incerteza deram as mãos, e abraçaram-se tão forte, que neste encontro, a certeza, não suportando, foi destroçada numa deslealdade consumada, uma traição...

Após todo esse tempo de caminhada a reviravolta apagou a luz. Não duvido que visão era e é divina, mas não entendia mais o seu significado.

No primeiro dia de fevereiro do mesmo ano, os sinais continuavam confusos, mas estavam lá; mesmo recorte, mesmos traços e beleza, porém a trilha, apontando dubiez colossal...

E assim, nestas linhas, amigos, faço-vos menção ao que vi. Peço perdão se me alonguei; minha intenção era de que participásseis de todos os por menores desta aventura.

Cordiais saudações,

Renato Santoss.